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Franklin Martins se abriga na Band depois de ser dispensado da Globo
Franklin Martins não ficou desempregado nenhum dia. O jornalista político foi dispensado pela Globo e imediatamente recebeu um convite para trabalhar na Band. A partir desta segunda-feira, dia 12 de junho, Franklin será o principal comentarista político do Jornal da Band. "Vou continuar fazendo o jornalismo que sei fazer. Pego a notícia, interpreto e dou ao telespectador o direito de formar a sua própria opinião", ressalta.
Aliás, de uns tempos para cá, os comentários de Franklin não estavam agradando à Globo, principalmente no que diz respeito à crise no governo federal. "É uma cobertura complexa. Mas procurei ser isento e não entrei no clima de linchamento", explica. Tal "insatisfação" piorou com o entrevero entre Franklin e Diogo Mainardi. O colunista da revista Veja, no seu estilo iconoclasta, acusou o jornalista de manter "relações promíscuas com o poder político", na edição do dia 16 de abril de 2006. "A direção da emissora disse que a minha saída não estava ligada à isso. Mas, no fundo, só eles sabem", ressalta. Confira a seguir a entrevista com o jornalistas:
P - Durante oito anos você foi diretor da sucursal da Globo de Brasília. Como foi receber a notícia de que o seu contrato não seria renovado? R - A minha relação com a Globo já vinha passando por um certo processo de desgaste. Em março, eu procurei a direção e manifestei a minha dúvida se valia ou não a pena renovar o meu contrato. Eu tinha uma posição consolidada e eles queriam renovar. Mas quando voltei de férias, eles me avisaram que tinham mudado de idéia. Alegaram que fizeram uma pesquisa qualitativa e que eu não tinha uma imagem muito forte diante aos telespectadores. Eu, sinceramente, não acredito.
P - Você acha que saiu chamuscado pelas acusações que o Diogo Mainardi fez? R - Perguntei na Globo se tinha alguma coisa a ver com a briga com o Diogo e me garantiram que não. Mas só eles sabem os reais motivos.
P - E como você pretende se defender das acusações do Diogo? R - Para mim, essa história vai ser encerrada na Justiça. Ele está sendo processado e vai ser chamado para dar explicações. Ele vai ter de provar que eu tenho uma cota pessoal de nomeações no serviço público. Nessa cota, estariam o meu irmão Victor Martins, diretor da Agência Nacional de Petróleo, e minha mulher, Ivanisa. Eu não tenho nada a ver com a nomeação do meu irmão, profissional conceituado na área de petróleo, para a diretoria da ANP. Quanto à minha esposa, é funcionária pública há mais de 20 anos. Ela não exerce cargo comissionado e sequer tem função gratificada. Sinceramente, espero que ele seja condenado. O Diogo fala qualquer coisa para desqualificar pessoas e aparecer.
P - O que há de mais interessante em ir para a Band? R - A Band tem uma coisa positiva: tem tradição no jornalismo. Como a Globo também tem. Então, posso olhar para trás e ver o que já fiz no jornalismo e olhar para frente e ver a continuidade da minha carreira. Trabalhei com o Ricardo Boechat, que apresenta o Jornal da Band e somos grandes amigos. Estou entrando na emissora para somar. Vou interpretar as notícias sempre respeitando a inteligência do telespectador e a diversidade de opiniões.
P - Na tevê, você tem poucos segundos para fazer uma análise política. É complicado condensar uma opinião em tão curto tempo? R - A televisão obriga você a ser essencial. Tem de ir direto ao assunto, não dá para florear. A minha participação tem de ser basicamente a de reforçar uma idéia central. Não posso jogar cinco ou seis idéias em um mesmo comentário. Mas o legal é que na tevê eu uso mais os gestos e o timbre da voz.
Aliás, de uns tempos para cá, os comentários de Franklin não estavam agradando à Globo, principalmente no que diz respeito à crise no governo federal. "É uma cobertura complexa. Mas procurei ser isento e não entrei no clima de linchamento", explica. Tal "insatisfação" piorou com o entrevero entre Franklin e Diogo Mainardi. O colunista da revista Veja, no seu estilo iconoclasta, acusou o jornalista de manter "relações promíscuas com o poder político", na edição do dia 16 de abril de 2006. "A direção da emissora disse que a minha saída não estava ligada à isso. Mas, no fundo, só eles sabem", ressalta. Confira a seguir a entrevista com o jornalistas:
P - Durante oito anos você foi diretor da sucursal da Globo de Brasília. Como foi receber a notícia de que o seu contrato não seria renovado? R - A minha relação com a Globo já vinha passando por um certo processo de desgaste. Em março, eu procurei a direção e manifestei a minha dúvida se valia ou não a pena renovar o meu contrato. Eu tinha uma posição consolidada e eles queriam renovar. Mas quando voltei de férias, eles me avisaram que tinham mudado de idéia. Alegaram que fizeram uma pesquisa qualitativa e que eu não tinha uma imagem muito forte diante aos telespectadores. Eu, sinceramente, não acredito.
P - Você acha que saiu chamuscado pelas acusações que o Diogo Mainardi fez? R - Perguntei na Globo se tinha alguma coisa a ver com a briga com o Diogo e me garantiram que não. Mas só eles sabem os reais motivos.
P - E como você pretende se defender das acusações do Diogo? R - Para mim, essa história vai ser encerrada na Justiça. Ele está sendo processado e vai ser chamado para dar explicações. Ele vai ter de provar que eu tenho uma cota pessoal de nomeações no serviço público. Nessa cota, estariam o meu irmão Victor Martins, diretor da Agência Nacional de Petróleo, e minha mulher, Ivanisa. Eu não tenho nada a ver com a nomeação do meu irmão, profissional conceituado na área de petróleo, para a diretoria da ANP. Quanto à minha esposa, é funcionária pública há mais de 20 anos. Ela não exerce cargo comissionado e sequer tem função gratificada. Sinceramente, espero que ele seja condenado. O Diogo fala qualquer coisa para desqualificar pessoas e aparecer.
P - O que há de mais interessante em ir para a Band? R - A Band tem uma coisa positiva: tem tradição no jornalismo. Como a Globo também tem. Então, posso olhar para trás e ver o que já fiz no jornalismo e olhar para frente e ver a continuidade da minha carreira. Trabalhei com o Ricardo Boechat, que apresenta o Jornal da Band e somos grandes amigos. Estou entrando na emissora para somar. Vou interpretar as notícias sempre respeitando a inteligência do telespectador e a diversidade de opiniões.
P - Na tevê, você tem poucos segundos para fazer uma análise política. É complicado condensar uma opinião em tão curto tempo? R - A televisão obriga você a ser essencial. Tem de ir direto ao assunto, não dá para florear. A minha participação tem de ser basicamente a de reforçar uma idéia central. Não posso jogar cinco ou seis idéias em um mesmo comentário. Mas o legal é que na tevê eu uso mais os gestos e o timbre da voz.
Fonte:
TV Press
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/295405/visualizar/
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