Pesquisa avalia se invasão da Câmara afetou Lula

O governo federal encomendou pesquisa para avaliar o impacto da invasão da Câmara dos Deputados na imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Ação, protagonizada na semana passada pelo Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), teria causado temor de que as cenas de vandalismo e violância sejam associadas ao chefe de Estado.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, consultas preliminares de telemarketing realizadas a pedido do Planalto - a pesquisa encomendada pelo governo vai ser mais ampla e cruzará dados sobre a gestão do governo na questão de reforma agrária - indicaram que não houve estrago na popularidade de Lula devido à rádida prisão dos envolvidos e ao afastamento do líder do MLST, Bruno Maranhão, da Executiva Nacional do PT.

No mesmo dia do quebra-quebra, o Palácio do Planalto emitiu nota oficial repudiando o episódio - o próprio presidente Lula criticou publicamente a invasão, à qual classificou de "equívoco". Junto com cerca de outras 40 lideranças do movimento, Maranhão está preso em Brasília e responde a inquérito instaurado pela Polícia Federal.

De acordo com a ONG Contas Abertas, o governo federal repassou R$ 5,6 milhões à Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara), ligada ao MLST e também comandada por Bruno Maranhão.