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Cidades/Geral
Sábado - 10 de Junho de 2006 às 08:41

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Os quatro envolvidos no esquema de compra de medicamentos irregulares na Secretaria de Estado de Saúde em Mato Grosso (SES-MT) podem ser soltos no sábado, quando vence a prisão temporária. Eles são acusados de desviar remédios e negociar propina em favor da distribuidora Discom em licitações para a compra de medicamentos para as farmácias de Alto Custo do Estado de Mato Grosso.

Os três ex-funcionários da SES, Marcian José de Campos, Nelino Manoel Toledo e Rubens Ribeiro, com o proprietário da distribuidora Discom, Rafael Carvalho Fraga foram ouvidos nesta sexta-feira durante uma acareação feita pela delegada da Delegacia Fazendária, Alana Cardoso. Todos negaram qualquer tipo de fraude. Marcian José de Campos, que admitiu o envolvimento no esquema em interrogatórios anteriores, também negou as acusações.

A delegada Alana Cardoso diz que além do crime de corrupção, existem indícios de sonegação fiscal. A Discom é acusada de comprar medicamentos com notas em nomes de hospitais e vendê-los livres de impostos. Ainda segundo a delegada, há indícios da participação de mais três funcionários públicos.

As investigações duraram dois meses. A Secretaria de Saúde de Mato Grosso quer saber agora qual o prejuízo nos cofres públicos do Estado. O auditor-geral do SUS, Silas Caldeira, determinou imediata auditoria. O levantamento vai envolver ainda a Auditoria Geral do Estado de Mato Grosso que vai auxiliar a secretaria nas investigações.

O inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual que tem um prazo de quatro dias para acatar as denúncias ou arquivar o processo. Os quatro suspeitos, que foram exonerados na terça-feira, depois que o esquema foi descoberto, estão detidos na delegacia de capturas de Cuiabá-MT.





Fonte: Terra

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