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Internacional
Sábado - 10 de Junho de 2006 às 08:24

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O braço armado do Movimento Islâmico Hamas anunciou hoje, pela primeira vez desde a trégua de março de 2005, o lançamento de foguetes contra solo israelense, e avisou que isso é "só o começo", segundo um porta-voz.

Pelo menos sete foguetes foram disparados de Gaza ao longo da noite e no início da manhã. Mas nenhum deles provocou danos nem feridos. Um oitavo foguete caiu nas imediações da localidade de Sderot esta manhã, também sem causar danos.

As Brigadas de Izz al-Din al-Qassam anunciaram ontem à noite que retomariam seus ataques contra Israel. Foi uma reação à morte de sete civis palestinos numa praia do norte de Gaza. Os sete foram atingidos pela artilharia israelense.

"Os lançamentos de foguetes vão continuar", avisou o porta-voz do grupo. "Da próxima vez, eles terão um alcance maior e vão atingir as profundidades da entidade sionista (Israel)", acrescentou, justificando os ataques como "resposta aos crimes sionistas e aos assassinatos de civis em Gaza".

O Hamas avisou ontem à noite que "os massacres sionistas são uma ação direta, que obriga a retomar a luta", segundo um documento do grupo. "O que resta aos sionistas é preparar suas mortalhas ou fazer as malas e ir embora", disse um comunicado divulgado à imprensa em Gaza. O grupo ameaçava assim romper a trégua estipulada em 15 de março de 2005, no Cairo, com outras facções da resistência palestina. Até o momento, o movimento islâmico não estava atacando alvos israelenses.

Sete civis palestinos, entre eles dois menores, morreram ontem na praia da localidade de Beit Lahia quando aproveitavam o dia de descanso do calendário muçulmano. Aparentemente, um tiro de artilharia atingiu a praia, no norte de Gaza, matando os sete palestinos, a maioria parte da mesma família, e deixando cerca de 40 feridos. Uma mulher e dois de seus filhos, de seis e 18 meses, assim como um jovem adolescente estão entre os mortos, segundo fontes médicas em Gaza.

O Exército israelense pediu desculpas pela morte de "civis inocentes", abriu uma investigação sobre o fato e ofereceu ajuda médica em Israel para atender aos feridos.





Fonte: EFE

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