Acusados de fraudar farmácia não terão prisão prorrogada
Como os cinco dias da prisão venciam ontem, a previsão é que todos ganhassem a liberdade até a zero hora. Mas antes, no início da tarde, a delegada Alana fez uma acareação com os quatros acusados.
Mais uma vez o empresário diretor da Discom Distribuidora de Medicamentos, Rafael de Carvalho Fraga, que havia prestado depoimento pela manhã, negou que tenha negociado pagamento de propina aos servidores da Secretaria Estadual de Saúde.
Os três envolvidos - o ex-superintendente de Abastecimento de Insumos, Nelino Manoel de Toledo; o ex-diretor de Licitações, Rubens Mauro Ribeiro, e o gerente de Compras e Controle de Estoque na farmácia alto custo, Marcian José de Campos - também negaram a existência de um esquema de furto e revenda remédios da farmácia pública e de acerto para receber comissão para agilizar os pagamentos dos medicamentos fornecidos pela Discom.
Para surpresa da Polícia, até mesmo Marcian Campos, que na quarta-feira havia confessado o furto de sete caixas de Hepsera (remédio usado no tratamento da Hepatite) e a existência de um acordo pelo qual deveria receber comissão do fornecedor, voltou atrás em suas declarações. “Negou tudo durante a acareação”, disse a delegada Alana Cardoso.
Sobre a decisão de não pedir prorrogação das prisões, Alana explicou que se adotasse medida contrária poderia prejudicar a apuração do envolvimento de pessoas que estão em liberdade. Por causa dos feriados da semana que vem, argumentou ela, seria impossível concluir o inquérito no prazo determinado pela justiça caso os acusados fossem mantidos presos. (AA)
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