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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 10 de Junho de 2006 às 07:20
Por: Silvana Ribas

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O desvio de recursos na folha de pagamento dos 4,8 mil funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pode ser muito maior do que os R$ 60 mil levantados inicialmente. Isto porque o ex-coordenador de Recursos Humanos da SMS, Edson Rossato, ocupa o cargo de confiança há oito anos, desde a gestão do prefeito Roberto França. Neste período era ele o único responsável pelo envio da folha digitalizada às agências bancárias. Com base nestas informações os salários e gratificações caíam na conta dos servidores.

A auditoria fiscal está apenas começando e já confirmou depósitos fraudulentos de R$ 31 mil na conta da mulher de Rossato, que é enfermeira, e na conta da irmã dele, também enfermeira, no valor de R$ 2 mil. Na conta de Rossato já foram descobertos depósitos de R$ 24,6 mil, muito superior ao salário de cerca de R$ 2 mil, já acrescido de gratificações.

O auditor geral do município, Luiz Mário de Barros, disse que a investigação será minuciosa, e vai comparar as listas impressas, assinadas e autorizadas pelo titular da pasta, com todas as informações que foram encaminhadas por Rossato aos bancos. Mas alguns valores de salários de profissionais, que estão muito acima dos praticados, já estão chamando a atenção dos auditores.

A investigação, segundo Barros, partiu de suspeitas da própria auditoria, que ao receber os relatórios encaminhados por Rossato percebeu que não era mantida uma mesma ordem, todos os meses. A não manutenção de um padrão já é motivo para uma análise mais criteriosa dos relatórios, pois sempre há a possibilidade do autor tentar confundir os auditores. Com isso o nome do primeiro a ser analisado é do autor do relatório, onde foi constatado o depósito maior em conta do que o declarado no relatório oficial, feito em papel.

O procurador do município, José Antônio Rosa, disse que Rossato, que já foi exonerado, prestou depoimento três vezes e se comprometeu a devolver o dinheiro desviado dos cofres. Mas a atitude não vai interferir no andamento dos processos administrativo e o criminal. As investigações começaram na folha suplementar de gratificações, a partir de janeiro de 2005, mas vai se estender a todos os pagamentos.





Fonte: A Gazeta

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