Pesquisadora defende educação continuada no controle do resíduo de saúde
De acordo com a professora gaúcha, última palestrante do seminário “Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde”, da 2ª Conferência Municipal do Meio Ambiente de Cuiabá, realizado na quinta-feira, oito de junho, no Auditório do Liceu Cuiabano, o segredo do tratamento está justamente na preparação dos recursos humanos por meio de programa de educação continuada. “Não adianta investir apenas em tecnologia. O caminho passa primeiro pela capacitação dos profissionais”, completa Vânia Schneider.
Ela diz que os hospitais não podem ser considerados os vilões da poluição, até porque os resíduos são resultados das atividades exercidas por todos os estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. “Os odontólogos, por exemplo, na maioria das vezes, mesmo trabalhando individualmente acabam gerando muitos resíduos”, frisa a professora Schneider, lembrando que todos os serviços têm que ser vigilantes nos cuidados.
Vânia Schneider afirma que os perigos são muitos e quem primeiro se expõe é o profissional da saúde. “O problema depois é extramuro, e atinge quem recolhe o lixo”, assegura a bióloga, dizendo que o maior índice de acidentes está entre os coletores. “É por isso que controlar resíduo é preservar a saúde”, sublinha a doutora em saneamento ambiental.
Vânia aconselha as empresas, além de preparar os profissionais, a investir na segregação dos resíduos e, em seguida, no tratamento com a utilização de microondas e autoclavagem, por exemplo. Segundo a professora, o mecanismo é prático e os resultados são excelentes. Ela vem desenvolvendo esse sistema em hospitais de Caxias do Sul há seis anos. “A preocupação tem que ser constante porque o potencial de risco dos resíduos é químico, biológico e radioativo”, destaca Scnheider.
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