Entidades compartilham boas experiências de Educação do Campo
O seminário, que acontece em Cuiabá, no Hotel Deville, desde a última quinta-feira (08.08) e tem seu encerramento às 18h desta sexta, reúne cerca de 100 pessoas de todo o Brasil para discutir as diretrizes e políticas para a Educação do Campo em todo o país.
Uma das experiências que mais chamou a atenção foi a Rede de Educação do Semi-Árido Brasileiro (Resab), apresentada pela professora Adelaide Pereira da Silva, do Estado da Paraíba. A rede congrega mais de 200 Organizações Governamentais e Não Governamentais de toda essa região, que engloba, além da Paraíba, oito Estados do Nordeste Semi-Árido e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A sede do movimento fica em Juazeiro (BA), onde nasceu e está mais consolidado. Conforme a educadora, a Resab é um espaço de articulação política regional da sociedade organizada, congregando profissionais da educação que atuam em todo o semi-árido brasileiro, presente nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Norte de Minas Gerais e partes do Maranhão e do Espírito Santo.
“Nós queremos consolidar uma proposta política-pedagógica para esta região, mediante do diálogo dos diversos sujeitos individuais e coletivos, suas experiências com a educação para a convivência com o semi-árido, considerando a rica diversidade e opções metodológicas do próprio local”, observou a professora.
De acordo com Adelaide, o projeto busca ainda consolidar uma identidade do homem do semi-árido brasileiro, construindo uma nova concepção desta região, que busque valorizar as coisas boas e especificidades por lá existentes “a vida, o povo, os costumes e a cultura, por exemplo”, cita ela.
Entidades
Além da experiência da Resab, os participantes do Seminário também conheceram outras experiências, como o projeto Semear, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação, de Pernambuco (Seduc-PE).
O projeto que foi apresentado pela secretária Executiva da pasta, Sara Lima, prevê uma metodologia diferenciada de atendimento educacional às crianças, jovens e adultos do campo. Uma das principais preocupações desta ação, disse ela, é elevar a escolaridade dessas pessoas, hoje mais baixas do que a média da população urbana, que por sua vez já é pequena. “Uma das nossas principais estratégias é buscar um currículo escolar adaptado e com base nas experiências deste homem rural”, destacou.
Também apresentaram as suas experiências, Joana D’arck de Godoy, representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetraf); Rosana Cebalho Fernandes, da Via Campesina; David Rodrigues de Moura, dos Centros Familiares de Formação por Alternância (Ceffas) e Alessandra da Costa Lunas, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag).
Comentários