Dólar mantém baixa; Bovespa acompanha Nova York e cai
Como nos últimos dias, em que os movimentos no mercado financeiro nacional têm acompanhado as tendências do exterior, hoje a mudança de tendência da Bolsa de Nova York desanimou também os investidores locais.
O presidente do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), Ben Bernanke, no final da manhã fez um discurso em evento no MIT (Massachusetts Institute of Technology). Havia a expectativa de que ele fizesse algum comentário sobre a economia dos Estados Unidos e o rumo dos juros, mas ele somente discorreu sobre a importância da tecnologia para o progresso do país.
No dia 10 de maio, o Fed aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao ano, sua taxa de juros. Foi a 16ª elevação consecutiva, e os investidores esperavam uma sinalização do fim do ciclo de altas, que não veio.
A autoridade monetária afirmou que seus próximos passos serão guiados pelos indicadores econômicos, mas os índices que saíram mais confundiram do que esclareceram.
Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos --os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) estão entre os destinos preferenciais desses recursos.
O grande temor é de desaquecimento da maior economia do planeta, o que atingiria os demais países, e de aumento da inflação, que obrigaria o Fed a continuar subindo os juros.
Depois dos últimos dias de nervosismo --em duas semanas, a Bolsa brasileira caiu quase 9%--, os investidores estão ansiosos por uma recuperação. Mas ela só vai ser firme quando as dúvidas a respeito dos juros e do ritmo de crescimento da economia mundial forem dissipadas.
O dólar paralelo subia 2,53%, para R$ 2,43, e o turismo tinha baixa de 0,42%, a R$ 2,33.
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