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Sexta - 09 de Junho de 2006 às 15:10

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PEQUIM - O filme Missão Impossível 3, protagonizado por Tom Cruise, será exibido na China com muitos cortes, depois que o Governo expressou seu mal-estar com a imagem que o longa transmite do país, informou a agência oficial Xinhua.

O filme entrará em cartaz na China no dia 20 de julho, após vários meses de reservas. "É lógico que o filme foi cortado", afirmou Weng Li, subdiretor do distribuidor na China, uma das empresas de The China Film Group Corp.

Relatórios anteriores afirmaram que foram cortadas as seqüências de uma "perseguição de veículos com tiroteios nas ruas de Xangai" e "a roupa secando nas janelas".

A Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão sugeriu à CFGC "uma série de recomendações" sobre algumas cenas do filme, que estreou nos Estados Unidos e também no Brasil em maio.

No entanto, a China Film (única empresa estatal autorizada a importar os 20 filmes estrangeiros que podem ser exibidos pelos cinemas chineses ao ano) disse em maio que a estréia do filme tinha sido adiada por tempo indeterminado. "A decisão (de hoje) foi tomada depois de mais de um mês de rumores que indicavam que o filme seria proibido na China pela censura por comprometer a imagem de Xangai", afirma Xinhua.

Segundo informaram à EFE fontes do setor cinematográfico chinês, a dimensão do corte em Missão Impossível 3 pode chegar a 18 minutos, por isso ainda não se sabe se a produtora exibirá o longa após esta censura.

Segundo a Xinhua, a imagem de Xangai é comprometida pela "roupa secando ao sol em bambus" e por uma "resposta lenta da Polícia à entrada do protagonista na China sem autorização".

O Governo tinha autorizado a filmagem de seqüências em Xangai após analisar cuidadosamente o roteiro.

A agência Xinhua também falou hoje sobre a justificativa oficial para cancelar a exibição de "O Código da Vinci" na China. O filme estava prestes a chegar à segunda maior bilheteria de um filme estrangeiro no país em apenas três semanas de exibição.

"O cancelamento é para dar espaço para as produções locais a partir de julho", disse Weng Li.

A Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão limitou o número de filmes importados que poderão ser exibidos na China de 10 de junho a 10 de julho, segundo o funcionário.

"Foi uma decisão puramente comercial. Nenhum filme pode monopolizar o mercado por um ou dois meses", acrescentou Weng. "Estamos deixando espaço para o próximo mês, quando dezenas de produções nacionais serão vistas em todo o país", acrescentou.

É a primeira vez desde que a China ingressou na Organização Mundial do Comércio (OMC) que o Governo reconhece a "proibição" que todo verão ocorre na China para projetar filmes estrangeiros, o que nunca foi feito de forma explícita.

O Código Da Vinci faturou na China 105 milhões de iuanes (US$ 12,9 milhões) desde sua estréia em 19 de maio, um pouco abaixo de Pearl Harbor, que conseguiu uma bilheteria de 105 milhões de iuanes (US$ 13,1 milhões, em valores atualizados) em 2001. Mas o valor está muito longe do faturamento de Titanic, com bilheteria de US$ 45 milhões em 1998.

No entanto, a estréia de A era do Gelo 2 nesta sexta-feira e a continuação da projeção de A Aventura de Poseidon confirmam informações dadas por fontes do setor na China de que o cancelamento de O Código Da Vinci se deve aos protestos de grupos católicos em algumas províncias onde o filme estava sendo exibido.





Fonte: Agência Estado

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