MLST pode ter recebido dinheiro do governo, diz ONG
A maior parte do dinheiro era repassado para a entidade pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Dos quatro convênios firmados entre a ANARA e o governo, três têm como responsável Bruno Maranhão e um, Edmilson de Oliveira Lima, outro integrante do MLST, que também está preso pela invasão da Câmara.
De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o dinheiro servia para "reestruturação econômica, sócio e cultural dos assentamentos de reforma agrária Paulo Faria". Os recursos também financiariam encontros regionais e nacionais.
O primeiro convênio firmado entre a Anara e o governo Lula foi publicado em dezembro de 2003 e repassou R$ 250 mil para a associação, pagos apenas em abril de 2005. Em agosto de 2004, a Anara voltou a receber R$ 1,1 milhão do Incra, desta vez para cumprir um novo convênio que previa a "reestruturação produtiva, social e cultural de assentamentos", beneficiando 6.234 famílias. Os últimos repasses federais à associação de reforma agrária, referentes a esse convênio, foram feitos em fevereiro deste ano e totalizam R$ 1 milhão.
Representantes do MLST confirmaram nesta quinta-feira, em entrevista coletiva em Brasília, a ligação entre o movimento e a Anara. No entanto, não comentaram se receberam dinheiro da associação. O governo federal afirmou que já encerrou todos os convênios que mantinha com a entidade.
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