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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 10:21

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O Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), responsável pela invasão e depredação da Câmara dos Deputados na última terça-feira, teria recebido recursos do governo federal por meio de uma outra entidade, também comandada pelo líder Bruno Maranhão. A Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara) teria sido beneficiada com pelo menos R$ 5,7 milhões do governo federal, de 1999 até 2006, de acordo com a ONG Contas Abertas. Desse montante, R$ 5,6 milhões teriam sido repassados somente na gestão petista.

A maior parte do dinheiro era repassado para a entidade pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Dos quatro convênios firmados entre a ANARA e o governo, três têm como responsável Bruno Maranhão e um, Edmilson de Oliveira Lima, outro integrante do MLST, que também está preso pela invasão da Câmara.

De acordo com o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o dinheiro servia para "reestruturação econômica, sócio e cultural dos assentamentos de reforma agrária Paulo Faria". Os recursos também financiariam encontros regionais e nacionais.

O primeiro convênio firmado entre a Anara e o governo Lula foi publicado em dezembro de 2003 e repassou R$ 250 mil para a associação, pagos apenas em abril de 2005. Em agosto de 2004, a Anara voltou a receber R$ 1,1 milhão do Incra, desta vez para cumprir um novo convênio que previa a "reestruturação produtiva, social e cultural de assentamentos", beneficiando 6.234 famílias. Os últimos repasses federais à associação de reforma agrária, referentes a esse convênio, foram feitos em fevereiro deste ano e totalizam R$ 1 milhão.

Representantes do MLST confirmaram nesta quinta-feira, em entrevista coletiva em Brasília, a ligação entre o movimento e a Anara. No entanto, não comentaram se receberam dinheiro da associação. O governo federal afirmou que já encerrou todos os convênios que mantinha com a entidade.





Fonte: Terra

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