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Polícia Brasil
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 07:55
Por: Alecy Alves

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O secretário estadual de Saúde Augustinho Moro disse ontem que pelos próximos 60 dias faltarão medicamentos na Farmácia de Alto Custo para paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) de Mato Grosso. Ontem, Moro divulgou a lista dos 28 itens já em falta. Entre os quais estão produtos usados no tratamento de asma, esclerose múltipla, alzheimer, hepatite e mal de parkinson.

Mas a carência, garantiu Moro, ainda não é reflexo da descoberta do esquema de furto e pagamento de propina que resultou na prisão dos responsáveis pela farmácia. Seria conseqüência da greve da Anvisa e da ausência de propostas de fornecedores nos pregões promovidos pela Saúde, os chamados “itens desertos”.

Entretanto, o secretário admitiu que a descoberta de mais esse escândalo na Saúde prejudicará os usuários de medicamentos de alto custo. Além da suspensão da compras da Discom, uma das principais fornecedoras, por causa da ligação da empresa com o crime, desde terça-feira a secretaria vem enfrentando dificuldades para adquirir os medicamentos em empresas sediadas em Cuiabá.

Moro não sabe a causa do recuo dos fornecedores. Como medida emergencial, ele disse que está negociando um empréstimo de medicamentos com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul. A medida seria adotada enquanto se espera pelas conclusão dos quatro pregões em andamento.

Em Mato Grosso, 12 mil pacientes do SUS são cadastrados na farmácia de alto custo. Para atendê-los, o governo precisa de cerca dois mil tipos de medicamentos.

NA POLÍCIA - O ex-superintendente de Abastecimento de Insumos, Nelino Manoel de Toledo, e o ex-diretor de Licitações, Rubens Mauro Ribeiro da Secretaria Estadual de Saúde (SES), negaram ontem o envolvimento no caso.

Presos desde segunda-feira, data da realização da “Operação Alto Cisto”, os dois prestaram depoimento ontem na Delegacia de Polícia Fazendária para as delegadas Alana Cardoso e Maria Alice Amorim.

De acordo com a delegada Alana Cardoso, Nelino disse que não reconhecia como sendo dele a voz que aparecia nos diálogos gravados pela polícia e que comprovaram a existência do esquema.





Fonte: Diário de Cuiabá

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