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Cidades/Geral
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 07:41
Por: Andréa Fontes

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A Prefeitura Municipal de Cuiabá exonerou ontem o coordenador de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde, Edson Rossato, por ter desviado recursos do Prêmio Saúde. Outros dois funcionários estão sendo investigados e foram afastados temporariamente dos cargos.

Procurador do município, José Antônio Rosa ressalta que de dezembro para cá os desvios gerados pelo servidor público giraram em torno de R$ 60 mil. Entretanto, o rombo ao erário pode ser muito maior. A procuradoria do município já requisitou do banco um relatório dos valores pagos ao prêmio desde janeiro de 2005 para fazer o levantamento completo do desvio.

Ao todo, 13 pessoas foram ouvidas e 10 delas foram liberadas ao trabalho por não haver envolvimento. Segundo o procurador, há indícios que os outros dois servidores teriam sido beneficiários do esquema de fraude e, caso comprovado, também serão exonerados.

O Prêmio Saúde foi instituído a partir de um convênio firmado com o governo do Estado, para gratificar a assiduidade dos servidores. Ao final de cada mês, os servidores que não tiveram nenhuma falta recebem 100% do prêmio que varia de R$ 50 a R$ 1,2 mil. Quem teve apenas uma falta recebe 50% e quem teve três não recebe gratificação. "O prêmio foi uma forma de melhorar o salário, que estava defasado, mas também colocar todo mundo para trabalhar. Depois de sua implantação houve melhora em todos os índices de saúde e as faltas foram quase a zero", ressalta o procurador.

José Rosa explica que Rossato alterava a folha depois dela já assinada pelo secretário Elias Nogueira, na hora que enviava ao banco. A fraude foi descoberta depois da implantação de uma auditoria interna, quando verificaram que os valores pagos pelo banco eram maiores que os prêmios concedidos. A auditoria está sendo realizada em toda a folha.

Rossato deve responder por dano ao patrimônio público e má conduta na administração. Como ele é servidor concursado, a procuradoria já abriu processo para sua exclusão do quadro. "Ele se comprometeu a devolver os recursos. Isso já minimiza a situação, mas não resolve", concluiu o procurador.





Fonte: A Gazeta

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