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Saúde
Sexta - 09 de Junho de 2006 às 05:20

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O correto gerenciamento das sobras dos estabelecimentos de serviços de saúde é hoje uma preocupação mundial. É cada vez maior a preocupação com separação, seleção e destinação desse material, cuja peculiaridade obriga instituições e poder público a desenvolver políticas e ações específicas nesse sentido. Em vista da importância desse gerenciamento adequado, a organização da 2ª Conferência Municipal do Meio Ambiente de Cuiabá resolveu fechar o evento, nesta quinta-feira (8), com um dia dedicado ao assunto, no seminário “Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde”, realizado no auditório do Liceu Cuiabano.

Na primeira parte dos trabalhos, pela manhã, o coordenador de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Fábio José da Silva, e o coordenador de Gestão de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Figueiredo Abreu, traçaram um panorama do Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Estado de Mato Grosso. Fábio ressaltou a importância de um plano de gerenciamento de resíduos para os estabelecimentos de saúde. Lembrou que toda atividade gera sobras e que no caso desse tipo de instituição elas devem ser tratadas de acordo com o que preconiza a legislação específica. E isso deve começar ainda dentro da unidade de saúde, procurando inclusive reduzir a quantidade de resíduos que precisam de destinação especial.

Eduardo Abreu, que também falou sobre a importância da minimização dessas sobras, esclareceu pontos sobre o gerenciamento como as etapas básicas a serem seguidas e o que um plano nesse sentido deve contemplar. Explicou ainda a importância desse trabalho, já que a não atenção às regras estabelecidas em nível local ou nacional pode trazer causas graves como a proliferação de doenças e a degradação do meio ambiente.

A representante da Comissão Técnica de Resíduos do Rio Grande do Sul, Alba Ferreira La Rosa, abordou o tema “Considerações sobre as novas diretrizes do Conama (resolução 358/2005) e Anvisa (RDC nº 306/2004)”. Ela apresentou uma retrospectiva rápida das legislações do país sobre resíduos de serviços de saúde, onde se percebeu claramente que houve mudanças bastante significativas na visão dos governos em relação ao assunto. Explicou, por exemplo, que as resoluções do Conama e da Anvisa aplicam-se a todos os serviços relacionados com atendimento à saúde e de assistência familiar, que foi outro que surgiu há poucos anos. Assim como trabalhos de campo, laboratórios, necrotérios, funerárias, serviços de medicina legal, farmácias, estabelecimentos de ensino e pesquisa, centro de controles de zoonoses, entre outros.

Finalizando os trabalhos na parte da manhã, Cláudia Dornelas falou sobre as experiências na implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Hospital Albert Einstein.

Para João Laércio Moreira, administrador do Hospital São Mateus, esse primeiro simpósio sobre gestão de resíduos de serviços de saúde é primordial para que tanto autoridades quanto estabelecimentos dêem a devida importância à questão. Lembrou que, em nível de sindicato, no caso o Sindessmat, já se vêm trabalhando o assunto há cerca de três anos. Mas lamenta que ainda não se tenha chegado a um resultado ideal. “Chegou a hora de tomar uma decisão, chegou a um ponto em que a responsabilidade já não é só do município e do Estado, o volume está crescendo, a população está crescendo, as instituições estão aumentando. Então chegou a hora dos profissionais se reunirem e resolverem, os hospitais tentarem melhorar”, disse. No caso do São Mateus, salientou, já há uma equipe que está começando a desenvolver esse trabalho de gerenciamento de resíduos.





Fonte: Pau e Prosa

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