IPCA desacelera para 0,10% em maio com queda do álcool
O índice recuou em relação a abril (+0,21%) e ficou abaixo das previsões do analistas consultados pelo Banco Central, que esperavam uma variação positiva de 0,17% para o IPCA no mês.
Com o resultado de maio, o IPCA acumula no ano inflação de 1,75% e, em 12 meses, de 4,23%. O indicador serve de parâmetro para as metas de inflação definidas pelo Banco Central. Para 2006, o BC persegue uma meta de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Pelo segundo mês consecutivo o álcool foi o principal responsável pela desaceleração do IPCA. O preço do litro do produto ficou 11,06% mais barato em maio com a colheita e comercialização da safra de cana-de-açúcar.
O produto vinha subindo desde julho do ano passado e chegou a atingir alta de 12,85% em março. Mesmo com a intensa queda em maio, o litro do álcool ainda acumula alta de 13,35% no ano.
Já a gasolina subiu 0,44% em relação ao mês anterior, com aumentos localizados nas regiões metropolitanas de Recife (4,46%), Curitiba (4,33%) e Goiânia (2,43%).
Os remédios subiram 1,41% no mês passado, abaixo de abril (2,03%), pressionando menos a inflação.
No grupo alimentação, apesar de vários produtos em queda, o resultado ficou perto de zero (0,03%), depois de uma queda de 0,27% em abril. Isso ocorreu por causa do preço do frango, que subiu 8,42% para o consumidor, depois de recuar 5,93% no mês anterior.
Por regiões, a maior taxa de inflação foi registrada em Salvador (0,50%) e a menor, em de Fortaleza (-0,30%). São Paulo apontou estabilidade (-0,01%).
O IPCA se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
INPC
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou alta de 0,13% em maio, resultado próximo ao de abril (0,12%). O acumulado do ano ficou em 1,13% e dos últimos 12 meses, em 2,75%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e se refere às famílias com rendimento de um a 8 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
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