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Economia
Quinta - 08 de Junho de 2006 às 11:23

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Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da Daslu, e Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Banco Santos, foram transferidos ontem do Centro de Detenção Provisória 2, em Guarulhos (SP), para a Penitenciária 2 de Tremembé, a 132 km de São Paulo.

Cid Ferreira e Piva de Albuquerque chegaram à penitenciária por volta do meio-dia de ontem. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) não quis revelar quais foram os motivos da transferência. O ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, filho de Pelé, está preso no mesmo local. Também está em Tremembé o estudante de medicina Mateus da Costa Meira, que matou três pessoas num shopping em São Paulo e foi condenado em 2004 a 120 anos de prisão.

O ex-banqueiro e o diretor da Daslu, afastado do cargo desde janeiro, estão em cela comum. A penitenciária de Tremembé tem capacidade para abrigar 408 presos, mas aloja hoje 317, segundo informa a SAP.

É um presídio destinado a ex-policiais militares e civis, agentes de segurança penitenciária, filhos de funcionários da Justiça e a pessoas que possam sofrer constrangimento físico ou moral em razão da função pública ou atividade particular que tenham exercido. Estupradores e presos célebres também ficam em Tremembé. São condenados que podem sofrer retaliação se forem alocados em outras prisões.

Piva de Albuquerque foi preso no dia 1º de junho em sua casa a pedido dos procuradores Matheus Baraldi Magnani e Jefferson Aparecido Dias e por determinação da juíza Maria Isabel do Prado.

Os procuradores alegam que o diretor da Daslu estaria se escondendo da Justiça e comprometendo o andamento do processo. Afirmam ainda que a butique reiterou prática de importação irregular no final de 2005, que resultou na apreensão de bolsas das marcas Gucci e Chanel no valor de R$ 1,7 milhão. A Daslu nega que houve irregularidade na importação.

Cid Ferreira foi preso no dia 26 de maio por determinação do juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal. Na sua sentença, afirma que o ex-banqueiro age de "má-fé" ao esconder informações.

Octavio Cesar Ramos, advogado de Piva de Albuquerque, entrou com pedido de reconsideração da decisão do desembargador Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que negou pedido de habeas corpus para seu cliente. O TRF não analisou o pedido. O advogado pretende entrar com pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça).





Fonte: Folha Online

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