Formação em Braille e Código Matemático Unificado reforça Educação Especial
As aulas, que ocorrem no Hotel Veneza, em Cuiabá, terminam no dia 14 e fazem parte do projeto Interiorizando em Braille. O objetivo do programa é apoiar e incentivar a formação de professores em todos os estados para atuarem em classes regulares com alunos portadores de deficiência visual.
Com uma carga horária de 120h e duração de nove dias (dos dias 5 a 14 de junho), o curso vai trabalhar com os professores do Ensino Fundamental a teoria e a prática. A formação está sendo aplicada pelo Programa de Inclusão, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a União Brasileira de Cegos (UBC) e o Ministério da Educação (MEC).
O braille é um sistema organizado em símbolos, que substitui o alfabeto convencional por um alfabeto de pontos em relevo, o que possibilita ao deficiente visual a escrita e a leitura. Já o Código Matemático Unificado oferece opções para a representação dos símbolos que não têm correspondentes adequados no sistema braile, como os índices e as marcas.
No primeiro dia, os professores tiveram acesso a dados do Mec que revelam que dos 5.600 municípios brasileiros, 13% deles não oferecem atendimento adequado para alunos com deficiência visual. Para a assessora técnica da Secretaria de Educação Especial (SEESP/MEC), Maria da Glória Batista da Mota, isso deve acontecer por diversos motivos, entre eles, a falta de formação, escola inadequada e vontade política. Mas agora acredita que as esferas estão no caminho.
“Temos que visar a inclusão desse aluno, proporcionar um ensino de qualidade e saber implantá-lo. Faltava uma formação adequada aos professores para que esse público fosse atendido. E hoje, graças às parcerias entre Governo Federal e Estadual, isso tem sido possível. Agora é preciso que o conhecimento adquirido aqui seja trabalhado nos municípios”, frisou a assessora técnica.
A formação dos profissionais de educação também é defendida pelo o líder da Educação Especial da Seduc, o professor Marcino Benedito de Oliveira. “Os professores têm que saber dar aula em Braille, assim será possível a inclusão social desses alunos. O envolvimento deve ser constante, e é através de cursos como este, que vamos mostrar ao professor que é preciso também ter habilidade e a sensibilidade para a quebra de paradigmas”, finaliza.
Investimentos
Desde 2003, o Governo do Estado em parceria com o governo Federal já investiu R$ 263,4 mil em formação de professores para atender os Portadores de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs). Esses recursos beneficiaram 4.907 professores de 184 escolas em 118 municípios do Estado.
Neste curso a contrapartida da Seduc será viabilizar a certificação dos participantes, bem como os lanches a serem oferecidos durante o curso e demais materiais necessários para a realização do evento, a exemplo de data show, computador, televisão, lápis caneta, papel sulfite etc.
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