Dólar diminui alta e Bovespa reduz queda, mas incertezas ainda preocupam

O dólar comercial iniciou o dia em queda, vendido a R$ 2,247, mas mudou de rumo e às 11h09 subia 0,04%, para R$ 2,259. O risco-país tinha baixa de 2,24%, aos 261 pontos, e a Bovespa recuava 0,39%, para 36.413 pontos.

A quarta-feira começou negativa e os analistas esperavam alguma recuperação hoje, apesar de o temor de aumento de juros nos Estados Unidos e de desaquecimento da economia mundial continuar pairando sobre o mercado financeiro, entretanto o fato de a Bolsa de Nova York ter aberto em baixa desanima.

"Apesar da nossa crença de que a economia global ainda cresce a taxas robustas, os riscos de uma desaceleração mais pronunciada na atividade econômica mais adiante devem ser consideradas", afirma a GAP Asset Management em relatório distribuído a clientes nesta manhã. "Ainda que os riscos acima devam ser monitorados atentamente, os fundamentos da economia brasileira continuam positivos."

Nesse cenário de incertezas, a recomendação dos especialistas é de que os investidores mantenham a cautela. As perspectivas positivas para o longo estão mantidas, mesmo considerando as recentes turbulências, e no curto prazo sugere-se reduzir a exposição a ativos de maior risco, embora tenham surgido boas opções de compra de ações com as últimas quedas.

O clima só deve melhorar quando as dúvidas acerca do rumo dos juros nos EUA e do crescimento da economia global diminuírem.

Em 10 de maio, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) aumentou em 0,25 ponto percentual, para 5% ao, a taxa básica de juros. Foi a 16ª elevação consecutiva, e os investidores esperavam uma sinalização do fim do ciclo de altas, que não veio.

Desde então, os indicadores econômicos divulgados mais confundiram do que esclareceram, da mesma forma que as declarações do presidente do Fed, Ben Bernanke. Espera-se agora o seu pronunciamento na próxima sexta-feira.

Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos --os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) estão entre os destinos preferenciais desses recursos.

O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,45 e o turismo subia 0,42%, para R$ 2,36.