Comissão de Transporte define as primeiras ações
Na pauta que deu origem as comissões, motoristas e cobradores denunciam a falta de condições de trabalho que seria o responsável pelo afastamento de um número significativo dos trabalhadores e a luta pelo passe livre para aqueles que se encontram afastados das atividades para tratamento de saúde.
A condução dos trabalhos ficou por conta do presidente da Comissão Permanente de Transportes, Urbanismo e Meio Ambiente, vereador Francisco Vuolo (PPS), vereador Lúdio Cabral, da Comissão de Educação, Cultura e Saúde, vereadores Valtenir Pereira (PSB), Ivan Evangelista (PPS). Estiveram presentes na reunião Oscar Soares, secretário de Transportes Urbanos de Cuiabá, representantes do MTU, Associação dos Transportes de Carga e Passageiros, empresários do transporte coletivo, DRT, CEFET e outras entidades.
O estudo das condições de saúde e segurança do trabalho em ônibus coletivo urbano, apresentado em 2004 pela auditora fiscal do trabalho, Marly de Cerqueira e a professora Leila Auxiliadora Arruda Alencar, serviu como base para a luta da categoria dos trabalhadores do transporte coletivo.
A análise dos resultados da pesquisa realizada no período de 2003 permitiu verificar que dos profissionais desta categoria, 51% sempre ocupou o cargo de motorista e quanto a extensão da jornada de trabalho efetivo, 59% tem jornada com mais de oito horas de trabalho, podendo chegar até a 16 horas, com poucas pausas, o que eleva muito o risco de acidentes e doenças do trabalho.
As queixas mais freqüentes com relação aos equipamentos são direcionados ao banco, vedação do motor e ruído causado pelo motor. Estudos revelam que 88% dos trabalhadores convivem com dores de coluna. Todos os afastados faziam horas extras e ou dobras de turno, mantendo-se por um tempo prolongado na mesma postura, em locais inadequados.
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