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Polícia Brasil
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 08:32

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A garota de programa identificada como “Micaeli”, de 34 anos, foi assassinada ontem de manhã com um golpe de canivete que a atingiu no tórax. O crime ocorreu por volta das 10 horas, numa mesa de um bar localizado na rua São Caetano, na região do Posto Zero, em Várzea Grande. A princípio, o crime seria um acerto de contas.

Testemunhas relataram que três homens chegaram numa picape D 10 e estacionaram próximo do bar. Em seguida, um dos ocupantes desceu e caminhou até onde Micaeli estava. Lá, sacou um canivete e a golpeou. A vítima estava com um copo de cerveja na mão. Em seguida, o criminoso entrou no carro, que saiu em alta velocidade.

Minutos depois, o bar ficou cercado de garotas de programas, algumas delas, amigas da vítima que começaram a gritar. Elas disseram desconhecer os autores do crime. Mesmo na parte da manhã, o número de prostitutas no local fazendo programas é alto – o bar está próximo de três motéis que funcionam 24 horas. Uma prostituta que disse ser amiga de Micaeli relatou que ela se separou recentemente de um policial militar e estava sem moradia fixa. A amiga suspeita que ela estivesse grávida. “A família dela mora em Porto Velho. Vou ligar pra eles informando do crime. Aqui, só o policial militar”, informou. Micaeli tinha três filhos, mas a a amiga não soube dizer se eles moram em Mato Grosso.

Outra prostituta disse que Micaeli tinha um gênio explosivo e brigava constantemente, tanto com os amigos como com os clientes. Com isso, acabava colecionando inimigos. “Tinha muita gente que não gostava dessa mulher. Ela brigava sempre e isso pode ter deixado alguém irritado”.

O delegado Roberto Amorim, que esteve no local iniciando as investigações, concentrou os trabalhos na identificação da placa da picape. Um morador teria anotado os números, mas não foi localizado pelos policiais plantonistas. “Essa possibilidade, neste momento, é a pista principal. Com os números (da placa) identificados, chegaremos aos criminosos”, informou.

Um dos problemas enfrentados pelos policiais é a falta de informação. “Nessa zona de prostituição, vale a lei do cão. Ninguém quer falar. Todos mantêm a lei do silêncio”, observou. O delegado deverá ouvir as testemunhas arroladas no boletim de ocorrência. “Esse crime está quase esclarecido. Assim que tivermos o número das placas do veículo suspeito estaremos com as investigações bem adiantadas”, completou.





Fonte: Diarío de Cuiabá

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