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Cidades/Geral
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 08:05
Por: Andréa Fontes

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O depósito de madeira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), localizado no Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, continua sendo alvo de tentativa de saques. Durante a madrugada de terça-feira, três veículos que tentavam retirar madeira da área federal foram apreendidos, entre eles um caminhão de Nossa Senhora do Livramento, que já estava carregado.

Também estão apreendidos no local um outro caminhão e um Fusca, que utilizaria uma pequena carroceria para o transporte das madeiras. Os motoristas conseguiram fugir antes do flagrante.

Policiais ambientais que estavam no local ontem à tarde afirmaram que pela manhã houve ainda aglomeração de pessoas tentando levar madeiras. Os policiais afirmam que há gente escondendo madeira para tentar retirar quando não houver fiscalização.

Do Ibama havia apenas dois fiscais no local. O superintendente do órgão, Paulo Maier, não quis atender a reportagem ontem. Ninguém falou sobre providências no local.

A Polícia Federal informou que desde o início dos saques, no sábado passado, 12 pessoas foram presas. O delegado Marcos Antônio Farias ressaltou que a Polícia Judiciária Federal não tem a função de polícia ostensiva, afirmando que "é o próprio Ibama que tem que adotar medidas" para evitar os saques e cabe à PF autuar as pessoas presas.

Na noite de terça-feira, após o dia mais crítico no local, havia cerca de 20 viaturas fazendo a ronda, segundo informaram os policiais ambientais, entre eles 4º Batalhão e a Rotam. Ontem pela manhã eles afirmam que ainda chegou a ter cerca de 300 pessoas no local, muitas falando que as madeiras estariam sendo doadas.

Os policiais estão realizando um trabalho informativo para a população, repassando a quem se aproxima que a retirada de madeira do local é crime federal. Entre as pessoas abordadas ontem havia inclusive menores, que segundo um dos policiais portavam bilhetes com "encomendas".

As tentativas de saque no local começaram na semana passada, após um incêndio que destruiu parte da madeira estocada. As cercas da área foram destruídas pelos saqueadores. A Polícia Militar tem feito ronda no local. A tentativa de inibir a ação da população é reforçada pela Polícia Rodoviária Estadual e por policiais ambientais.





Fonte: A Gazeta

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