Devassa teve 3 delegados e seis fiscais da Fazenda

Além das quatro prisões, o juiz Rondon Bassil Filho autorizou cinco mandados de busca e apreensão. Um dos mandados foi para a sede da Discom, onde três delegados passaram a manhã recolhendo e analisando notas fiscais, arquivos de computadores e outros documentos.

Mais tarde, seis fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) se juntaram aos delegados de polícia na sede da empresa. A delegada Alana Cardoso disse que ainda seria prematuro estimar o montante de recurso desviado pelo grupo, mas adiantou que há fortes indícios de sonegação fiscal.

Alana citou um esquema que, conforme ela, levaria à comprovação do desvio de ICMS. “Descobrimos compras de medicamentos feitas pela distribuidora em que as notas fiscais vinham em nome dos órgãos públicos, como se fossem efetuadas pelo órgão, um processo que teria isenção de imposto. Entretanto, os produtos adquiridos eram entregues na distribuidora”, explicou. Foi apreendida na empresa uma planilha de cálculo com ganho do grupo de até 155% na comercialização de remédios.

Em mensagens de emails investigadas nos computadores da Discom, diz Alana, foram descobertos fortes indícios de conduta fraudulenta em pregões de medicamentos. Seriam, a princípio, suspeitas de combinações de preços entre participantes. (AA)