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Cidades/Geral
Quarta - 07 de Junho de 2006 às 07:03
Por: Andreia Fontes

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A 3º Turma do Tribunal Regional Federal concedeu ontem, por unanimidade, habeas corpus a sete acusados de participarem do esquema de fraude em licitações, pagamento de propinas a parlamentares e superfaturamento de ambulâncias, a conhecida operação "Sanguessuga". Entre os que ganham a liberdade está o ex-deputado Carlos Alberto Rodrigues, o Bispo Rodrigues. Na mesma sessão foi negado o habeas corpus a Ivo Marcelo Spínola da Rosa, genro do dono da Planan, Darci José Vedoin.

Também está entre os que ganharam liberdade José Wagner dos Santos, que já deverá se apresentar hoje na 2ª Vara Federal para o primeiro interrogatório do processo. Ele foi um dos primeiros a ter a denúncia recebida pelo juiz Jeferson Schneider. José Wagner é irmão do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, e foi apontado como o interlocutor da quadrilha com as prefeituras.

Segundo a assessoria de imprensa do TRF, o desembargador Cândido Ribeiro relatou detalhadamente cada caso e explicou que não se sustentaram os motivos das respectivas prisões preventivas. O HC de Ivo Marcelo foi mantido uma vez que os desembargadores entenderam que, solto, ele poderia atrapalhar as investigações.

"Nesse caso, os fatos são eloqüentes no sentido de seu envolvimento com o grupo supostamente criminoso e de que, solto, o acusado poderia atrapalhar as investigações", diz parte da nota do TRF sobre o HC do genro de Darci.

Também conseguiram o HC o assessor do deputado Maurício Rabelo (TO), Luiz Carlos Moreira Martins, o assessor da deputada Edna Macedo (SP), Octavio José Bezerra Sampaio Fernandes, e os empresários Erick Janson Sobrinho de Lucena, José Thomaz de Oliveira Neto e Adalberto Tosta Netto.

A primeira decisão do TRF que garantiu a liberdade a todos os acusados e depois acabou sendo revogada pelo Supremo Tribunal Federal foi justamente ao HC impetrado pela defesa do Bispo Rodrigues. Na ocasião, a decisão foi estendida a todos, porque o TRF decidiu que não era competência da 2ª Vara Federal conduzir os inquéritos.

Advogado do dono da Torino Veículos Ltda, José Thomaz, Eduardo Mahon afirmou que a decisão do TRF veio confirmar que a Operação Sanguessuga "carece de prova robusta e as prisões decretadas atenderam mais aos reclamos da mídia e do espetáculo processual veiculado do que sua real necessidade". Ele afirma que deve impetrar em breve, no TRF, um habeas corpus para sua outra cliente, a ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino.

Prisão - Ontem, o casal de empresários Cintia Cristina Medeiros e Ronildo Pereira Medeiros, se entregou à Polícia Federal. Eles são acusados de participarem do esquema.

Ronildo é acusado de manipular diversas firmas de "fachada", como forma de conseguir, junto à Planam, manipular as licitações dos municípios nas compras de ambulâncias.





Fonte: A Gazeta

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