Sete "sanguessugas" são libertados
Também está entre os que ganharam liberdade José Wagner dos Santos, que já deverá se apresentar hoje na 2ª Vara Federal para o primeiro interrogatório do processo. Ele foi um dos primeiros a ter a denúncia recebida pelo juiz Jeferson Schneider. José Wagner é irmão do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, e foi apontado como o interlocutor da quadrilha com as prefeituras.
Segundo a assessoria de imprensa do TRF, o desembargador Cândido Ribeiro relatou detalhadamente cada caso e explicou que não se sustentaram os motivos das respectivas prisões preventivas. O HC de Ivo Marcelo foi mantido uma vez que os desembargadores entenderam que, solto, ele poderia atrapalhar as investigações.
"Nesse caso, os fatos são eloqüentes no sentido de seu envolvimento com o grupo supostamente criminoso e de que, solto, o acusado poderia atrapalhar as investigações", diz parte da nota do TRF sobre o HC do genro de Darci.
Também conseguiram o HC o assessor do deputado Maurício Rabelo (TO), Luiz Carlos Moreira Martins, o assessor da deputada Edna Macedo (SP), Octavio José Bezerra Sampaio Fernandes, e os empresários Erick Janson Sobrinho de Lucena, José Thomaz de Oliveira Neto e Adalberto Tosta Netto.
A primeira decisão do TRF que garantiu a liberdade a todos os acusados e depois acabou sendo revogada pelo Supremo Tribunal Federal foi justamente ao HC impetrado pela defesa do Bispo Rodrigues. Na ocasião, a decisão foi estendida a todos, porque o TRF decidiu que não era competência da 2ª Vara Federal conduzir os inquéritos.
Advogado do dono da Torino Veículos Ltda, José Thomaz, Eduardo Mahon afirmou que a decisão do TRF veio confirmar que a Operação Sanguessuga "carece de prova robusta e as prisões decretadas atenderam mais aos reclamos da mídia e do espetáculo processual veiculado do que sua real necessidade". Ele afirma que deve impetrar em breve, no TRF, um habeas corpus para sua outra cliente, a ex-funcionária do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino.
Prisão - Ontem, o casal de empresários Cintia Cristina Medeiros e Ronildo Pereira Medeiros, se entregou à Polícia Federal. Eles são acusados de participarem do esquema.
Ronildo é acusado de manipular diversas firmas de "fachada", como forma de conseguir, junto à Planam, manipular as licitações dos municípios nas compras de ambulâncias.
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