MT mostra ao Brasil o direito dos povos indígenas à Educação
“O Projeto 3º Grau Indígena que começou em 2001 trouxe para esta cerimônia os primeiros resultados, cuja aprovação alcançou 93% dos formandos, e desencadeou para o Brasil uma grande oportunidade para que povos indígenas adquiram o direito à educação superior”, declarou Ilma Grisoste Barbosa, secretária de Estado de Ciência e Tecnologia.
Conforme Ilma Grisoste, Mato Grosso foi o pioneiro neste tipo de projeto de ensino para populações indígenas e daqui partiu para inspirar outros estados, como Roraima, Bahia, Minas Gerais e o Distrito Federal. A Unemat inclusive deu consultoria para a estruturação e início do projeto em Roraima.
Ela informa que está em andamento também aqui no estado o Projeto Haiyo, para formação de alunos índios do ensino médio, exatamente em razão de o governo estadual perceber que existe demanda e que depois de formar estes novos alunos do ensino médio, os mesmo serão os próximos futuros professores, gerando um ciclo de oferta e demanda entre as próprias populações indígenas.
“Este é o desafio, do índio ensinar índio, e entre eles investirem na própria capacitação e para que todo o conhecimento adquirido possa ser repassado para as novas gerações, sem perderem a sua identidade, suas tradições ou crenças”, enfatizou Ilma.
Ilma Grisoste, que inclusive já fez parte da equipe de relatores do projeto 3º Grau Indígena e também foi membro do Conselho Escolar Indígena (CEI), outra instituição criada com pioneirismo por Mato Grosso, informa que este é o único curso na qual já foram feitas por consultores três avaliações envolvendo a População, Academia e Comunidades Indígenas no intuito de mensurar ou aperfeiçoar os caminhos ou diretrizes delineadas.
Conforme disse o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, Mato Grosso foi o estado inicial da política indigenista no País em matéria de oferta à educação. “E juntos, sociedade e povos indígenas, estamos recuperando o ambiente para uma nova e original reconciliação”, disse Gomes.
E propriamente sobre esta iniciativa ele acreditou e visualizou ser possível fazer valer os direitos das etnias indígenas para o acesso ao ensino diferenciado, o presidente da Funai disse que a cerimônia, além de histórica para o País, também é a chave para o progresso da igualdade.
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