Professores da rede pública participam de curso de Libras
O evento reúne 60 pessoas, entre professores e novos instrutores, que durante duas semanas terão aulas teóricas e práticas, com uma metodologia diferenciada voltada para o atendimento de crianças que apresentam essa deficiência.
As atividades começaram na segunda-feira (05) vão até o dia 16 deste mês. Na abertura, a secretária Adjunta de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Marta Darsie, falou da importância da formação desses profissionais e pediu empenho na busca da qualidade de ensino para os alunos surdos.
“A humanidade demorou muito tempo para perceber que existe essa diversidade, ou não sabiam ou já sabiam e negavam a sua existência. Estamos entrando em um processo, onde vamos ter que criar um ensino voltado para essa diversidade”, disse.
Marta destacou o desafio e o compromisso do professor o aluno especial. “Quem trabalha com pessoas que apresentam essa deficiência devem se atualizar, ter acesso as novas metodologias de ensino, entender essa diversidade, para que essas crianças não permaneçam excluídas do processo de aprendizagem. A nossa tarefa e desafio a partir de agora é dar a oportunidade a essas crianças”.
Para a representante do Ministério da Educação, Daniele Ribas, a formação do professor é fundamental, principalmente para pessoas que trabalham com alunos surdos. “A inclusão desse aluno só está sendo possível com a regulamentação da linguagem do surdo. E é uma inclusão que devemos fazer de forma correta”, acrescentou Daniele.
O direito a uma língua própria pelos surdos foi adquirido com a Lei Nº 10.436, sancionada em 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras. O primeiro parágrafo da lei deixa claro que entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
No decorrer dos anos, os governos em forma de parceria estabeleceram metas para atender a esses alunos especiais, preparando professores surdos e não surdos e novos instrutores para serem multiplicadores do Ensino de Língua de Sinais.
“O aprendizado desses alunos só será possível se os professores se qualificarem, pois a criança surda quer que o professor aprenda a língua deles. Por isso durante todo esse tempo estivemos empenhados em proporcionar ao surdo o acesso ao ensino, para que no futuro ele escolha sua profissão. Hoje temos pessoas surdas como educadores e a expectativa é que cada vez mais fazer a inclusão de alunos surdos no ensino regular”, finalizou Tânia Felipe, mestra e doutora lingüística no estudo da língua de sinais.
Além de Mato Grosso, a formação ocorre em mais cinco Estados: Espírito Santo, Sergipe, Piauí, Amapá e Roraima.
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