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Agronegócios
Terça - 06 de Junho de 2006 às 12:11

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Duas semanas após o anúncio do pacote agrícola, produtores goianos continuam com suas máquinas nas principais rodovias do Estado à espera de respostas para seus pedidos de mudanças em algumas medidas. Muitos alimentam esperança de que algum avanço seja conseguido, hoje (06-06), em Brasília, durante reunião do grupo de estudo criado pelo governo para avaliar as reivindicações do setor.

Estarão presentes ao encontro representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e dos ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Fazenda. O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Macel Caixeta, diz que a disposição dos produtores é de permanecerem em pontos estratégicos das rodovias até que o governo adote medidas capazes de por fim à grave crise de endividamento do setor rural.

Macel Caixeta diz que preocupa o prolongamento do movimento dos produtores, que há mais de mês estão à beira das estradas, mas concorda com a decisão dos manifestantes de não se retirarem sem o atendimento de suas reivindicações. “Acho que estão certos, pois foram muitos dias de sacrifícios para que concordem em voltar para suas propriedades sem uma proposta aceitável de parte do governo”, diz.

Dentre as principais reivindicações dos produtores estão prorrogação dos débitos por prazo superior aos quatro anos anunciados pelo governo; operacionalização do seguro agrícola, que atualmente não cobre mais que 3% da safra; aumento dos recursos a juros equalizados (8,75% ao ano) para plantio da próxima safra; e preços mínimos dos produtos agrícolas pelo menos nos patamares dos custos de produção e com garantia efetiva do governo.

Em Jataí os produtores prometem não arredar pé do piquete na BR-060 enquanto o governo não adequar o pacote agrícola ao que consideram um mínimo aceitável. Conforme Sadi Ângelo Palharini, da Comissão de Mobilização dos Produtores, as medidas do governo deixaram de fora grande parte do setor, o que obriga os manifestantes a continuarem com o movimento. “Só vamos sair daqui com uma solução definitiva”.





Fonte: O Popular

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