Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 06 de Junho de 2006 às 09:46
Por: Jose ribamar Trindade

    Imprimir


Abusados, os ladrões agora já seqüestram coletivos, tirando-os de sua rota original para agirem com mais tranqüilidade, fazendo, inclusive “arrastão” entre os passageiros. Foi o que aconteceu por volta das 22h30 de ontem. Três bandidos, dois deles armados de revólveres, obrigaram o motorista a mudar de rota quando o ônibus trafegava pela MT-251 – Rodovia Emanuel Pinheiro, Cuiabá-Chapada dos Guimarães -, com passageiros que estavam se deslocando para Jardim Florianópolis.

Segundo uma as passageiras, três homens fortes invadiram o ônibus, renderam o motorista e o cobrador e anunciaram o assalto. “Pára o carro e sai da linha que nós vamos fazer um arrastão. Ninguém se mexe, caso contrário nós vamos atirar”, gritou um dos bandidos apontando a arma para os passageiros.

A estudante Cleidiane Siqueira Zulmi, de 20 anos, uma das passageiras, contou ao registrar queixa-crime na Central de Ocorrências da Delegacia Metropolitana, que os bandidos pareciam nervosos. Ele teve que entregar a bolsa com documentos e até o cartão bolsa-família.

“No ônibus viajavam mais de dez passageiros, todos foram assaltados na noite de ontem quando voltavam para casa depois de um dia de trabalho. Os ladrões tiraram o carro da rota e fizeram o arrastão que anunciaram”, contou a passageiras.

A Polícia registra todos os dias em Cuiabá e Várzea Grande, pelo menos dois assaltos a coletivos. Em determinados dias da semana, no entanto, os bandidos chegam a atacar até cinco ônibus na Grande Cuiabá. De cada dez coletivos assaltados, em apenas um caso os bandidos são presos em flagrante ou posteriormente.

Apesar de ficarem frente à frente com os bandidos, muitas vezes até mais de uma vez por semana, motoristas e cobradores não se arriscam, sequer a descrever os assaltantes. Muitos, inclusive só registram ocorrência porque são obrigados, caso contrário não o fariam.

“A gente fica sempre frente a frente com os bandidos. Todas às vezes eles fazem ameaças. O pior é que a gente tem que voltar para o trabalho e para a mesma linha. Isso é muito perigoso, e por isso a gente tem medo”, desabafa um cobrador que pediu para não ser identificado.





Fonte: 24 Horas News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/296480/visualizar/