Pesquisador decreta morte do rio Cuiabá
Coordenador do Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) e do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Mato (UFMT), Moura, afirma que a população já acompanhou a morte dos córregos do Gambá, Mané Pinto, Prainha e Barbado, hoje esgotos a céu aberto.
Estudos de pesquisadores mostram que a poluição vem reduzindo os índices de oxigênio na água e a conseqüência mais visível de falta desse elemento químico é: morte dos peixes e de outras vidas.
Entre os anos de 1982 e 2004, o nível de oxigênio caiu de 7,8 miligramas por litro, para 6,2 e pode chegar próximo a zero nos próximos anos, garante Moura. Algumas espécies de peixe já estão com a reprodução comprometida em razão do pouco oxigênio e a dificuldade de subir o rio no período da piracema.
A preocupação dos estudiosos não é infundada. Os dados da prefeitura de Cuiabá indicam que que 76% do esgoto produzido na capital é lançado in natura no rio. Ao menos 48% do esgoto é coletado, mas apenas 24% é tratado antes de chegar ao rio. Estima-se que hoje seriam necessários R$ 60 milhões em recursos e mais de dois anos em obras para estruturar a cidade para a coleta do esgoto da capital.
Várzea Grande, a cidade vizinha, despeja mais de 80% do esgoto sem tratamento no rio.
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