STF autoriza investigação contra 15 parlamentares
De acordo com o jornal O Globo, Gilmar Mendes acatou pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza (responsável pela denúncia), e decretou segredo de Justiça para as investigações. Com isso, o STF proibiu a divulgação dos nomes dos deputados sob suspeita.
O ministro Gilmar Mendes também autorizou o procurador-geral a solicitar à Polícia Federal a intimação dos parlamentares para que sejam interrogados, a exemplo do que ocorreu no episódio do "mensalão".
Segundo Antonio Fernando de Souza, há fortes indícios de que os acusados teriam cobrado propina para incluir emendas no Orçamento da União para financiar a compra das ambulâncias, fornecidas pela Planam e outras empresas acusadas de integrar a "máfia".
Embora os nomes dos acusados tenham sido mantidos em sigilo, dentre os investigados devem estar o 2º secretário da Mesa da Câmara, Nilton Capixaba (PTB-RO), o ex-líder do PP Pedro Henry (MT), Dr. Benedito Dias (PP-AP) e Benedito Lira (PP-AL). Os nomes de todos eles, bem como os de outros parlamentares, aparecem associados a cifras financeiras no livro-caixa da Planam, com a rubrica "cifras a pagar".
O procurador-geral Antonio Fernando salienta que a lista de 15 parlamentares elaborada pela PF e pelo Ministério Público Federal deve aumentar, à medida que as investigações de outros deputados forem sendo aprofundadas. Ao depor à PF e ao MPF, a ex-assessora especial do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino afirmou que pelo menos 171 parlamentares estão envolvidos com a "máfia dos sanguessugas". Ela é ex-funcionária da Planam e, segundo a PF, era responsável por apressar a tramitação das emendas.
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