China reconhece o problema do tráfico de pessoas
"Os casos de tráfico humano estão diminuindo na China e realizamos um grande progresso no combate" ao problema, disse o porta-voz Liu Jianchao, do Ministério de Assuntos Exteriores.
"A China dá muita importância à proteção dos interesses e direitos legítimos do povo chinês e ao combate do tráfico de pessoas, principalmente mulheres e crianças", afirmou Liu.
"É um problema regional e inclusive internacional, por isso desejamos cooperar com outros países neste aspecto e melhorar os esforços destinados a combater este fatídico tráfico", disse o porta-voz.
O sexto Relatório sobre Tráfico Pessoas, apresentado nesta segunda-feira pelo Departamento de Estado americano, apresenta uma "lista negra" ou "terceiro grau" de países que não combatem diretamente esse tipo delito.
A China encontra-se no grupo intermediário, que corresponde ao dos países que fazem alguns esforços, mas não o suficiente, contra essa atividade criminosa.
O tráfico de seres humanos na China deve-se à política do filho único (1980), que restringe o crescimento demográfico do país mais povoado do mundo a apenas um filho por família, e às dificuldades que os chineses encontram para adotar, o que incentiva os traficantes a seqüestrarem e venderem crianças.
A China tem um dos maiores índices mundiais de desproporção entre gêneros, com 119 homens por cada 100 mulheres.
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