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Segunda - 05 de Junho de 2006 às 19:40

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Prepare o chapéu de palha, o vestido de chita e remende as calças porque vem aí a 32ª edição da “Festa de São João no Arraiá do Sesc”. A data está marcada para acontecer nos dias 9 e 10 de junho, às 20 horas, no estacionamento da unidade do Sesc Arsenal, com animação da Banda Bis. Danças, comidas típicas, brincadeiras, queima de fogos, batismos e levantamento do mastro serão as maiores atrações que o Sesc oferecerá à família comerciária e comunidade cuiabana.

Nos últimos anos o Sesc realizou a festa de São João com os temas “relembrando Liu Arruda” e o festival de quadrilhas – “arraial do Zeca – saudades de Mazzaropi”. Neste ano o tema será “Festa de São João no Arraiá do Sesc”, pois o objetivo é relembrar e manter viva nas pessoas, as tradições de uma legítima festa de São João. Com o crescimento das cidades e a diminuição da população rural, as tradições das festas de São João estão cada vez mais sendo esquecidas e estes festejos não podem desaparecer, pois só trazem alegria, lazer, recreação, cultura e religiosidade.

Na programação do dia 9 de junho, os alunos do Sesc Escola apresentarão a dança da peneira, bandinha, grande roda, quadrilha caipira, siriri, peão sertanejo, dança da fita, quadrilha maluca e dança de salão. O Grupo de cururu, formado pelos funcionários do Sesc Balneário, cantarão no início da festa para o levantamento e a descida do mastro, bem como a procissão e lavagem (batismo) do Santo. No dia 10 de junho a apresentação ficará por conta da dança “quadrilé”, ou seja, balé em ritmo de quadrilha. Em seguida o público será convidado a formar uma grande quadrilha improvisada, como forma de interação.

Serão servidas comidas típicas como: quentão, peixe (mojica de pintado, ventrecha de pacu, pirão, caldo de piranha e pintado frito), maria izabel, sarapatel, paçoca de pilão, farofa de banana, bolo de arroz, bolo de milho, bolo de queijo, pamonha, canja, milho, batidas, espetinho, pastel, chocolate quente, doces, tapioca, crepe suíço, pipoca, algodão doce, entre outros. As brincadeiras com prendas são: pescaria, rabo do burro, boca de palhaço e o grande bingo que terá como prenda para a primeira colocação uma cesta de produtos regionais. Para as crianças o Sesc reservou a cama elástica, piscina de bola e Pula Pula.

Desde 1974, o Serviço Social do Comércio – Sesc realiza a Festa Junina e em 2002 os festejos foram transferidos da unidade do Sesc Balenário para o estacionamento do Sesc Arsenal. Para 2006, a expectativa é atender mais de 10 mil pessoas e o ingresso será vendido para comerciários e dependentes ao preço de cinco reais e para usuários será cobrado sete reais. Maiores detalhamentos na Central de Informação do Sesc pelo telefone: (65) 3616-6900

A história da Festa Junina

A tradição de festejar o mês de junho é muito antiga, segundo historiadores, durante o solstício de verão (dia mais longo do ano) na Europa (22 ou 23 de junho), gregos e romanos homenageavam os deuses da colheita com grandiosas fogueiras, cantorias e danças. Estas festas foram difundidas durante a ocupação romana, chegando assim a Portugal. Com o advento do cristianismo, receberam nova roupagem, substituindo-se os deuses pelos santos da fé católica.

Quando os portugueses iniciaram a colonização no Brasil, trouxeram na bagagem esta tradição e a festa de São João passou a ser a principal comemoração do mês de junho. Nosso povo, criativo por natureza, incorporou os costumes estrangeiros e agregou valores regionais, como as comidas e danças típicas. Na culinária, destacam-se as receitas feitas com ingredientes próprios do mês de junho, como milho, amendoim, mandioca, jenipapo. Já na parte musical, o principal ritmo lembrado em junho é o forró.

Em Mato Grosso foram acrescentados mais alguns ritmos e danças, como o rasqueado, cururu e siriri que fazem parte das principais festas religiosas. O cardápio também foi regionalizado com pratos como a Maria Izabel, farofa de banana, paçoca de pilão e o tradicional licor de pequi.

Os principais santos festejados neste mês são: Santo Antonio (13), São João (24) e São Pedro (29), mas as festas não se restringem apenas aos dias dos santos, pois são comemoradas durante todo o mês, tendo seu ápice na noite de 23 para 24, dia de São João.

As tradições

A quadrilha é uma dança de origem francesa e foi introduzida no Brasil durante a Regência, fazendo bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da corte. Depois se popularizou e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziram outras, mudando inclusive a música. A quadrilha é mais comum no Brasil sertanejo e rural, por isso, os trajes tradicionais são: os homens vestidos de caipiras e as mulheres vestidas como sinhazinhas da roça.

Os fogos de artifício foram inventados pelos chineses e incorporados à festa devido à magia e o encanto que proporcionam.

A fogueira é outra tradição muito antiga, e tem um formato diferente para cada santo junino: quadrada para Santo Antonio, cônica para São João e piramidal para São Pedro.

O levantamento do mastro de São João se dá no anoitecer da véspera do dia 24. É acompanhado por devotos e por um padre, que realiza orações e benze o mastro. Outra tradição muito comum nessas festas é a lavagem do santo, que é feita por seu “padrinho”, ou seja, uma pessoa que está pagando por alguma graça recebida.

Os festejos juninos são mais tradicionais nas regiões rurais, onde as tradições são mais preservadas, por isso, muitas vezes são conhecidos como “arraiás”, em alusão as comunidades rurais.





Fonte: O Documento

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