Mauro Hoffman (esq.) e Kiko Spohr (dir.) são donos da Boate Kiss e estão presos temporariamente
(Foto: Nabor Goulart/Agência Freelancer/Facebook / Reprodução)
Os promotores de Justiça de Santa Maria Joel Dutra e Waleska Agostini manifestaram-se pela prorrogação da prisão temporária de Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko e Mauro Hoffmann - sócios proprietários da Boate Kiss - e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, por 30 dias. O pedido de prorrogação da prisão temporária do quarteto foi entregue ao MP às 21h desta quinta-feira pela Polícia Civil, como parte das investigações do incêndio que deixou mais de 230 mortos na madrugada do último domingo.
Os promotores corroboram a alegação do delegado Marcelo Arigony de que a prorrogação é necessária "para a obtenção de demais provas, como a realização de reconstituição, reinquirição dos investigados, oitivas e outras diligências que se mostrarem necessárias para instrução do inquérito policial". Segundo os promotores, os elementos investigatórios colhidos até agora indicam a presença de dolo, "evidenciando a prática de homicídio doloso, tendo os representados assumido o risco de produzir como resultado a morte de mais de 200 pessoas, por meio de asfixia".
Ainda de acordo com o Ministério Público gaúcho, como os elementos trazidos pela autoridade policial demonstram a ocorrência de homicídio qualificado, uma vez que as mortes se deram pelo fogo e asfixia, o prazo da prisão é de até 30 dias.
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