Fazendeiro será julgado hoje por tentar assassinar esposa
Segundo ele, a acusação baseia-se no dolo, tendo em vista que a vítima alega ter sido ameaçada meses antes pelo marido e por ele ter usado um punhal, arma incomum, para atingi-la. Lembra ainda que, após o atentado, o réu continuou a intimidar Marilise.
Flávio Fachone explica que o caso ganhou grande repercussão porque a vítima, professora universitária, hoje é conhecida pelo trabalho em ONGs em defesa dos direitos da mulher. Destaca ainda que há alguns meses ela inclusive tratou do tema em evento nacional, onde representou o Estado. 'O caso é importante na medida em que, independente da discussão do crime em si, o que está em questão é o direito da mulher em fazer a opção de continuar ou não vivendo com o marido'.
O crime ocorreu em maio de 1999, no Jardim das Américas, em Cuiabá. O conflito conjugal começou após a decisão de Marilize em separar-se do marido. Eles foram casados por 27 anos e tinham quatro filhos. Inconformado com a situação, ele aproveitou um dia em que ela estava fora de casa para coagi-la. Lauro havia chegado da fazenda e não encontrou a esposa. Revoltado, trancou a filha do casal na residência e exigia a volta da mulher, que estava com uma prima. Chamada pelos parentes, Marilize foi até o local. Após conseguir que o pai libertasse a filha, entrou na casa para conversar com o marido. Lá, o réu esfaqueou o abdômen da vítima, perfurando o pulmão dela. Mas ela sobreviveu porque foi socorrida a tempo pelos familiares. Após, tentou suicidar-se, desferindo duas facadas contra si.
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