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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Junho de 2006 às 09:17

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A história de vida das 195 famílias assentadas no projeto Lontra, distante 35 km da sede do município de Aripuanã (1.002 km a Noroeste de Cuiabá), iniciou há mais de 18 anos com o remanejamento das famílias que ocupavam área indígena, na localidade do município de Rondolândia.

Com a implantação do assentamento agrário Lontra, em uma área de 66 mil hectares, as famílias receberam terra e um lugar definitivo para fincar raízes. Embora o começo tenha sido difícil, hoje a realidade das famílias é outra.

Cerca de 170 assentados já receberam o título definitivo da terra, tiveram acesso aos créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf-A) e 63 pequenos agricultores ganharam casas, construídas pelo Programa Nossa Terra, Nossa Gente, com recursos dos governos federal e estado.

Na quinta-feira (01.06), durante sua primeira visita como presidente do Intermat na região, Afonso Dalberto, liberou a construção de mais 37 casas no assentamento Lontra que, com isso, completa 100 famílias beneficiadas com moradias. “Vamos dar início aos trabalhos técnicos para construir das últimas casas do assentamento Lontra”, informou.

Há sessenta dias na administração do Intermat, Dalberto, na sua primeira viagem de trabalho, ressaltou que quando assumiu o órgão, o governador Blairo Maggi, pediu além de dar continuidade aos trabalhos, priorizar a regularização fundiária e resolver a situação de antigas áreas como as Glebas Rio Branco e Vale do Sonho, para dar dignidade e condições de sobrevivência as famílias que ocupam àquelas terras. “Ele autorizou iniciar os trabalhos aqui para trazer um pouco de dignidade”, frisou Dalberto.

No projeto de assentamento Lontra, o presidente conheceu a propriedade do casal José Araújo Aragão, 52 anos e Iva Francisca da Cruz, 47, que há sete anos moram no Lontra. No quintal eles plantam e criam tudo o que consomem. Nem um pedaço de chão é desperdiçado, tem de tudo um pouco, diversos pés de frutas, verduras, arroz, feijão, milho, criam 16 vacas leiteiras e ainda outros pequenos animais.

A única dificuldade segundo dona Iva, é a falta de energia elétrica, que gera desconforto e perda de alimentos.“Se tivesse energia eu congelava a polpa das frutas e vendia na cidade”, lamenta a agricultora, que ainda não foi beneficiada com casa.

Mesmo ainda morando em uma casa de tábua, ela se diz feliz com a vida que leva no campo. “Estou feliz não tenho o que reclamar, a pessoa que mora no sítio não passa necessidade, só se não tiver vontade de trabalhar”, disse.

O agricultor Gervásio Pacheco, 46 anos, casado, pai de cinco filhos, passou a vida toda morando em barracos de madeiras. Seu sonho era viver em uma residência melhor, de alvenaria e coberta com telha. Sonho esse que conseguiu realizar através do Governo do Estado.

O agricultor é uma das 63 famílias já beneficiadas com casas do Programa Nossa Terra, Nossa Gente, do Intermat. “A gente quando entrou pra cá morava em barraco de lona e agora conseguimos a casa”, disse o agricultor que há 15 anos está no assentamento.

O assentamento Lontra, possui ainda uma pequena vila com escola, igreja, posto de saúde e atendimento de transporte escolar e urbano.





Fonte: O Documento

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