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Polícia Brasil
Segunda - 05 de Junho de 2006 às 06:54

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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, criticou o modelo de sistema prisional paulista, qualificando-o de "monstrengo". Segundo ele, o ex-secretário de Administração Penitenciária Nagashi Furukawa deixou o cargo porque "não agüentou o tranco".

Abreu Filho se referiu ao sistema prisional paulista como um "monstrengo" criado por Furukawa. "Ele saiu porque não agüentou o tranco. Viu o monstrengo que criou no sistema prisional. Despirocou. E não foi por falta de aviso", criticou. Furukawa pediu sua demissão ao governador duas semanas após o início dos ataques do PCC alegando razões pessoais. Antônio Ferreira Pinto assumiu a Secretaria de Administração Penitenciária.

Segundo o secretário de Segurança, há muita liberdade dentro dos presídios. "Não dá pra confundir humanização com liberalidade", afirmou ao jornal em referência à defesa por Furukawa da humanização de presídios.

Ao ser questionado sobre a possível morte de inocentes na ofensiva policial que se seguiu aos ataques do PCC entre 12 e 19 de maio, Abreu Filho disse que "não descarta nenhuma hipótese". Segundo a Folha, ele afirmou também que não havia a menor condição de divulgar a lista dos mortos durante os confrontos "de uma forma séria". O Ministério Público Estadual deu prazo de 72 horas para que o governo entregasse os dados sob ricos de detenção.

Críticas a Lula Abreu Filho criticou a posição do governo Lula em relação ao levante do PCC. "Pegou mal para o Lula, quando ele veio com essa história de que é melhor construir escolas do que presídios. Teve alguém que respondeu: ele se orgulha de não ter ido à escola e o pouco tempo que ficou preso lhe garantiu uma aposentadoria", afirmou ao jornal.

Segundo o secretário, é evidente que a questão da educação é importante. Para ele a violência e o tráfico de drogas é uma questão de demanda e citou frase de Anthony Garotinho que afirmou que "não adianta subir morro e pegar traficante se o pessoal da classe média não parar de cheirar





Fonte: Terra

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