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Nacional
Segunda - 05 de Junho de 2006 às 06:51

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Cruzamento realizado entre os nomes dos ex-funcionários dos sete parlamentares que perderam os mandatos por suspeita de envolvimento no "mensalão" e a atual lista de servidores da Câmara dos Deputados revela que 45 ex-assessores dos supostos "mensaleiros" permanecem em atividade na Casa, recebendo salários de até R$ 7,5 mil. Sem a realização de concurso público, eles foram realocados para gabinetes de correligionários ou em órgãos da Câmara.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o ex-líder do PMDB e ex-deputado federal José Borba, que renunciou há sete meses, consegiu manter oito dos seus 18 funcionários trabalhando na Câmara, mesmo após deixar o cargo para evitar a cassação.

O próprio Borba continua a despachar todas as semanas na Liderança do partido, onde negocia a liberação de antigas emendas parlamentares e faz campanha para recuperar o mandato nas eleições de outubro. Dentre os oito servidores que conseguiu manter na Casa, há dois dos seus três filhos - Fabio Rodrigues Borba foi para a Liderança do PMDB e Marcelo Rodrigues Borba hoje trabalha na Coordenação de Registro Funcional da Câmara.

Segundo a Folha, nem todos os 45 ex-assessores conseguiram novos postos por influência política. Uma parcela se refere a servidores que obtiveram transferência por conta de seus currículos, sem contarem com ajuda dos ex-chefes.

Dos 19 deputados acusados de envolvimento no mensalão, 11 foram absolvidos - só resta o julgamento de José Janene (sem partido-PR). Dos sete que perderam os mandatos, três foram cassados e quatro renunciaram antes do início dos processos.





Fonte: Terra

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