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Internacional
Domingo - 04 de Junho de 2006 às 21:40

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Israel prometeu ao Egito neste domingo dar uma chance às negociações com os palestinos, mas no final declarou-se no direito de encontrar outras maneiras de encerrar o conflito com seus vizinhos.

O premiê israelense, Ehud Olmert, em sua primeira visita ao Egito desde que assumiu o cargo, também se desculpou pela morte de dois policiais egípcios por tropas israelenses na sexta-feira passada.

Israel e Egito concordaram em compor uma comissão conjunta para investigar o incidente na fronteira e evitar que caso parecido volte a ocorrer.

Olmert se encontrou com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, no balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, após autoridades do Egito terem dito que eles discutiriam a negociações de paz entre Israel e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, opondo-se a eventuais medidas unilaterais israelenses para resolver o conflito.

Em uma entrevista à imprensa junto com Mubarak, o premiê de Israel disse que seu país está comprometido com negociações de paz com Abbas. Neste mês, Olmert deve se encontrar com Abbas como primeiro-ministro pela primeira vez.

"O meu objetivo é esgotar todas as maneiras de prosseguir nessa via. Espero que nossos parceiros palestinos tirem vantagem dessa oportunidade e cumpram todas as suas obrigações. Assim, poderemos avançar com o plano de paz", declarou Olmert.

"Se isso não acontecer ou quando chegarmos à conclusão de que isso não está acontecendo, não teremos outra alternativa que não procurar outros caminhos para avançar com a situação do Oriente Médio e não deixar que a estagnação permaneça."

"Esperamos que a Autoridade Palestina atenda às demandas da comunidade internacional. Caso contrário, vamos buscar outros caminhos", acrescentou.

Segundo o plano de paz, apoiado internacionalmente, a Autoridade Palestina deve desarmar grupos islâmicos, e Israel precisa suspender todas as atividades de assentamento na ocupada Cisjordânia.

Nem israelenses nem palestinos cumprem suas obrigações, e o movimento de Abbas, o Fatah, depois de perder as eleições para o Hamas em janeiro, não está em posição de desarmar grupos islâmicos.





Fonte: Reporter News

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