Fórum discute regionalização da produção audiovisual no Mercosul

O cinema também pode ser um elo de integração entre os países do Mercosul e parceiros. É o que prova o Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM), que completa 10 anos. O evento, aberto na sexta-feira (2), exibirá 130 filmes até o próximo dia 9.

Além da mostra de filmes, durante o FAM também está sendo realizado o Fórum Audiovisual Mercosul. Um dos temas em discussão este ano é a regionalização da produção audiovisual. Foram convidados representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

O coordenador-geral do FAM, Antônio Celso dos Santos, explicou que o fórum é a parte política do evento. "Neste fórum ocorrem muitos encontros, debates fundamentais para aquilo que nós entendemos ser a urgência do Brasil de hoje", afirmou. Ele disse que das discussões já surgiram resultados práticos, como a troca e compra de filmes de diferentes países e a criação do Selo Mercosul, que facilita o trânsito das obras de arte entre os países.

"Esse mecanismo diz que a partir do momento em que o país de origem que está enviando o produto atesta que aquele produto tem um caráter cultural, ele tem uma importância artística. Então é emitido esse selo para aquele fim. Esse filme pode ser remetido entre os países do bloco sem que haja a necessidade burocrática de você, que está recebendo o filme, ser um importador ou exportador desse filme", disse.

A expectativa de Santos é que o festival de filmes tenha algo em torno de quatro a cinco mil expectadores por dia. As discussões do fórum, segundo ele, devem atrair até 300 pessoas. Os debates acontecem no Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis. Ao final do evento será publicada uma carta com as principais reivindicações do setor.