Estado terá R$ 80 milhões na área

Mato Grosso é o foco de um bolo de R$ 80 milhões em investimentos programados na área de biodiesel. O aporte inclui a construção de 7 plantas industriais para a produção do biocombustível, num aporte nacional de R$ 600 milhões pulverizados em 22 fábricas no país, conforme levantamento do Ministério de Minas e Energia (MME).

Até agora 4 novos projetos já foram formalizados junto à Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia de Mato Grosso (Sicme) para a inserção no programa de incentivos fiscais concedido pelo Estado, o Prodeic. Essas unidades deverão produzir 206,88 milhões de litros ao ano.

A produção de biodiesel em Mato Grosso é encarada como chave à agregação de valor à produção agrícola regional e para reduzir os custos com o óleo diesel, que demanda gastos de até 35% na planilha de custos da produção de culturas como a soja e o algodão. As plantas serão instaladas em Sorriso, Barra do Bugres e Cuiabá. De acordo com o secretário adjunto de Desenvolvimento da Sicme, José Epaminondas Conceição, também há consultas de investidores nacionais sobre o potencial de produção do combustível em Juína, Nova Mutum e Tangará da Serra.

Outra planta está sendo projetada em Lucas do Rio Verde para a produção de 7,56 milhões de litros ao ano. Carta consulta foi apresentada ao Banco da Amazônia para o financiamento de R$ 550 mil, mas o nome do investidor ainda não é divulgado.

A demanda de Mato Grosso para a primeira fase da mistura do biodiesel nas bombas dos postos é calculada em 40 milhões de litros ao ano. O número é baseado no consumo médio anual de 2 bilhões de litros de óleo diesel no Estado. Somente a Barralcool, que diversificará o mix de produção com o biodiesel a partir de agosto, produzirá 57 milhões do biocombustível ao ano.

Hoje estão em funcionamento no Estado as indústrias Araguaçu Óleos Vegetais, em Porto Alegre do Norte, Renobrás, em Dom Aquino, e a SSIL (Sociedade Sales Industrial Ltda), em Rondonópolis. Juntas essas 3 unidades produzem 648 mil litros ao ano ou 54 mil litros ao mês. A Ecomat, uma das precursoras na pesquisa de produção de biodiesel, até hoje enfrenta dificuldades na regulamentação da documentação junto à Agência Nacional de Petróleo (ANP). O projeto original da Ecomat envolve a produção de 200 milhões de litros ao ano.