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Internacional
Sábado - 03 de Junho de 2006 às 16:40

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Um novo mecanismo internacional de ajuda aos palestinos, sobre o qual o "quarteto" de mediadores para o Oriente Médio chegou a um acordo no mês passado, pode ser finalizado na próxima semana, disse no sábado o secretário-assistente de Estado dos EUA, David Welch.

"Acredito que será terminado talvez nos próximos sete dias ou talvez, no máximo, em três semanas. Estou confiante que chegaremos a esse entendimento", disse Welch, que está em visita ao Kuwait como parte de uma viagem que inclui Qatar, Egito, Israel e os territórios palestinos.

Ele disse que o quarteto formado por Estados Unidos, União Européia, Rússia e Nações Unidas está trabalhando nos detalhes do mecanismo para encaminhar ajuda para Gaza e Cisjordânia, contornando o governo palestino liderado pelo Hamas. Washington considera essa organização militante palestina um grupo terrorista.

O quarteto fez crescer as esperanças dos palestinos no mês passado com a promessa de encaminhar ajuda.

"Acho que as pessoas querem garantir que as necessidades humanitárias mais urgentes sejam atendidas", afirmou Welch em entrevista a jornalistas, acrescentando que os detalhes podem específicos como medicamentos e material para atendimento médico.

Ele disse que os europeus estão interessados na possibilidade de fornecer um pouco mais de financiamento para determinadas operações, como a usina de eletricidade de Gaza, assim como fornecer assistência humanitária para as famílias que enfrentam dificuldades.

"As organizações da ONU às vezes fazem isso para as populações refugiadas, de forma que existe a questão sobre o que acontece com a outra parte da população," acrescentou Welch.

SALÁRIOS

Welch disse que Washington, que se opõe veementemente a qualquer ajuda direta à Autoridade Palestina, liderada pelo Hamas, não concordará com o pagamento de salários com o dinheiro desses fundos. Ele acrescentou que os salários dos funcionários públicos são de responsabilidade do governo do Hamas.

"Acho que, ao invés disso, o que a comunidade internacional vai examinar é alguma forma de podermos ajudar aqueles que realmente estão na situação mais crítica e urgente, que podem não ter nada a ver com o governo (do Hamas)."

Segundo Welch, o governo do Hamas tem dinheiro para pagar os salários. "Eles parecem ter muita gente que tem condição de passear de carro com belas fardas e sem problemas de gasolina, enviar delegações ao exterior para conversar com todo o mundo sobre as suas dificuldades."

Israel e os EUA pediram que os outros países boicotem o Hamas, que teve uma grande vitória nas eleições de janeiro sobre a facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas e que dominava a cena política palestina há anos. O boicote só seria suspenso quando o Hamas se desarmasse, reconhecesse o estado judeu e os acordos de paz interinos.





Fonte: Terra

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