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Nacional
Sábado - 03 de Junho de 2006 às 16:35

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O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, disse em entrevista à revista Veja que, em caso de vitória, será duro com os sem-terra e acabará com a "besteira" da diplomacia Sul-Sul (entre países pobres).

Alckmin disse também que é cedo demais para os petistas comemorarem os bons índices de Lula nas pesquisas. "Tem petistas por aí de salto 15, criando uma expectativa grande. Psicologicamente, Lula irá para o segundo turno derrotado. Podem ter certeza. O embate começará no dia 5 de julho. E eu começarei esse dia às 5 da manhã", garante Alckmin.

O candidato tucano admite que houve uma "falha parcial" na sua campanha ao fazer uma aposta inicial no Nordeste, onde Lula tem 60% das intenções de voto. Disse que uma distribuição das viagens pelo País é uma atitude mais correta.

O ser questionado sobre a opção de utilizar um discurso focado na crise moral e ética que o País viveu no último ano, Alckmin afirmou que isso é inevitável, mas não quer pautar sua candidatura falando mal de outro candidato.

Alckmin aposta em uma campanha enxuta, rebatendo as críticas de amadorismo. "Vamos continuar com o mínimo necessário. Para ir a Brasília ou Rio de Janeiro, por exemplo, por que não usar avião de carreira?", disse ele à revista.

Alckmin afirmou também que o governo Lula foi "submisso e dúbio" em relação à invasão das instalações da Petrobras pelo exército boliviano. "Eu teria, de cara, feito uma reprovação duríssima à atitude da Bolívia", afirmou.

Sobre o fato de o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ter promovido, no primeiro trimestre deste ano, o maior número de invasões dos últimos seis anos, Alckmin foi duro com o atual governo. "Esse é um caso típico de leniência do presidente Lula. A reforma agrária não anda e, ao mesmo tempo, você tem invasão de propriedades com setores do governo justificando a invasão." Ao ser questionado sobre o que ele faria com esse tipo de situação, Alckmin disse que vai trabalhar primeiro com a reforma agrária, mas não tolerará invasões.

O candidato do PSDB criticou também a política externa Sul-Sul (o comércio com países pobres) do governo Lula. Para ele, "é uma visão ideológica e totalmente ultrapassada".





Fonte: Terra

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