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Estratégia da defesa de Suzane Richthofen é atacar Daniel Cravinhos
O advogado Mauro Otávio Nacif, contratado por Suzane von Richthofen para defendê-la apenas quatro dias antes do júri, disse na sexta-feira (2) em entrevista à Folha Online que a estratégia será acusar o então namorado dela, Daniel Cravinhos, e comprovar que ele a dominava por meio do uso freqüente de drogas e do vínculo mantido pelo sexo.
Suzane, Daniel e o irmão dele, Cristian, são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, Manfred e Marísia, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo), em 2002.
O criminalista classifica sua tese como "coação moral irresistível", ou seja, de que Suzane foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo. Ele diz que o namorado ganhou muita importância na vida da ré depois de ela ter perdido a virgindade com ele, aos 16 anos. Os dois cometeriam o crime três anos mais tarde.
O advogado diz que a questão da virgindade era um tabu na casa de Suzane, que recebeu uma educação rígida graças à ascendência alemã e cuja mãe se casou virgem. "Ela estava tão sexualmente envolvida por ele que, na opção entre Daniel e os pais, ela opta pelo Daniel."
Para o advogado, Daniel "escravizava" Suzane e foi o responsável por seu envolvimento com drogas como maconha --que consumia freqüentemente-- e ecstasy. Como Daniel não queria usar preservativos, obrigava Suzane a tomar injeções mensais de anticoncepcionais. "E ela odiava as injeções."
De acordo com Nacif, os advogados perguntarão aos jurados se Suzane teria cometido o crime, caso nunca tivesse conhecido Daniel. "A defesa diz que não, o promotor [Roberto Tardelli] diz que sim", diz o advogado.
Brigas
Segundo o criminalista, a mãe de Suzane, Marísia, freqüentava a casa da família Cravinhos no começo do relacionamento dos dois. Em determinado momento, ela teria dito à filha que os familiares de seu então namorado a chamavam de "galinha dos ovos de ouro" e "bilhete premiado".
Para o advogado, Daniel começou a convencer Suzane de cometer o crime no momento em que percebeu que ela romperia com ele, assustada pelo fato do pai --que nunca a havia agredido-- ter dado um tapa no seu rosto.
Nacif disse que "é uma piada" a versão dos irmãos de que Suzane sofria abusos por parte do pai. "Os pais dela eram maravilhosos."
Por outro lado, o advogado confirmou o episódio relatado pelos Cravinhos durante entrevista à rádio "Jovem Pan" em janeiro último, de que eles e Suzane foram à casa dela, a convite da jovem, dias antes do crime, para testar o barulho causado pelos disparos de uma arma de fogo.
Perguntado pela reportagem, o criminalista admitiu que o episódio revela a existência de um determinado nível de consciência de Suzane quanto ao crime mas, para ele, "a grande verdade é que não se pode julgar essa moça como se ela estivesse com a psique normal". Imprensa
O julgamento está marcado para começar às 13h. Na sexta-feira (2), a pedido dos advogados de Suzane, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu proibir o registro de imagens e sons do júri. A sessão será acompanhada apenas por cerca de 30 jornalistas.
Outro pedido dos advogados de Suzane relativo à imprensa foi negado. Eles queriam impedir a exibição de uma entrevista concedida por ela à Rede Globo no último mês de abril, quando estava em liberdade provisória. De acordo com Nacif, a entrevista foi totalmente "artificial".
"Do ponto de vista jurídico, a defesa está super calma e tranqüila de que aquilo [a entrevista] não tem nada. Agora, do ponto de vista do leigo, e os jurados são leigos, do ponto de vista do povo, aquilo é um desastre."
Durante a gravação, dois advogados de Suzane, seu ex-tutor legal Denivaldo Barni e Mário Sérgio de Oliveira, foram flagrados orientando a cliente a chorar e a demonstrar fragilidade diante das câmeras. Na sexta, eles foram absolvidos pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo da acusação de ter infringido a ética profissional.
Suzane, Daniel e o irmão dele, Cristian, são réus confessos no processo que os acusa de ter planejado e matado os pais dela, Manfred e Marísia, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo), em 2002.
O criminalista classifica sua tese como "coação moral irresistível", ou seja, de que Suzane foi pressionada por Daniel para participar do crime, sob pena de perdê-lo. Ele diz que o namorado ganhou muita importância na vida da ré depois de ela ter perdido a virgindade com ele, aos 16 anos. Os dois cometeriam o crime três anos mais tarde.
O advogado diz que a questão da virgindade era um tabu na casa de Suzane, que recebeu uma educação rígida graças à ascendência alemã e cuja mãe se casou virgem. "Ela estava tão sexualmente envolvida por ele que, na opção entre Daniel e os pais, ela opta pelo Daniel."
Para o advogado, Daniel "escravizava" Suzane e foi o responsável por seu envolvimento com drogas como maconha --que consumia freqüentemente-- e ecstasy. Como Daniel não queria usar preservativos, obrigava Suzane a tomar injeções mensais de anticoncepcionais. "E ela odiava as injeções."
De acordo com Nacif, os advogados perguntarão aos jurados se Suzane teria cometido o crime, caso nunca tivesse conhecido Daniel. "A defesa diz que não, o promotor [Roberto Tardelli] diz que sim", diz o advogado.
Brigas
Segundo o criminalista, a mãe de Suzane, Marísia, freqüentava a casa da família Cravinhos no começo do relacionamento dos dois. Em determinado momento, ela teria dito à filha que os familiares de seu então namorado a chamavam de "galinha dos ovos de ouro" e "bilhete premiado".
Para o advogado, Daniel começou a convencer Suzane de cometer o crime no momento em que percebeu que ela romperia com ele, assustada pelo fato do pai --que nunca a havia agredido-- ter dado um tapa no seu rosto.
Nacif disse que "é uma piada" a versão dos irmãos de que Suzane sofria abusos por parte do pai. "Os pais dela eram maravilhosos."
Por outro lado, o advogado confirmou o episódio relatado pelos Cravinhos durante entrevista à rádio "Jovem Pan" em janeiro último, de que eles e Suzane foram à casa dela, a convite da jovem, dias antes do crime, para testar o barulho causado pelos disparos de uma arma de fogo.
Perguntado pela reportagem, o criminalista admitiu que o episódio revela a existência de um determinado nível de consciência de Suzane quanto ao crime mas, para ele, "a grande verdade é que não se pode julgar essa moça como se ela estivesse com a psique normal". Imprensa
O julgamento está marcado para começar às 13h. Na sexta-feira (2), a pedido dos advogados de Suzane, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo decidiu proibir o registro de imagens e sons do júri. A sessão será acompanhada apenas por cerca de 30 jornalistas.
Outro pedido dos advogados de Suzane relativo à imprensa foi negado. Eles queriam impedir a exibição de uma entrevista concedida por ela à Rede Globo no último mês de abril, quando estava em liberdade provisória. De acordo com Nacif, a entrevista foi totalmente "artificial".
"Do ponto de vista jurídico, a defesa está super calma e tranqüila de que aquilo [a entrevista] não tem nada. Agora, do ponto de vista do leigo, e os jurados são leigos, do ponto de vista do povo, aquilo é um desastre."
Durante a gravação, dois advogados de Suzane, seu ex-tutor legal Denivaldo Barni e Mário Sérgio de Oliveira, foram flagrados orientando a cliente a chorar e a demonstrar fragilidade diante das câmeras. Na sexta, eles foram absolvidos pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo da acusação de ter infringido a ética profissional.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/297046/visualizar/
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