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Economia
Sábado - 03 de Junho de 2006 às 10:44

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro - a soma de todas as riquezas do País - cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2006 em comparação com os últimos três meses de 2005. Esta é foi a maior variação desde o terceiro trimestre de 2004. A expansão da economia do País no período se deve ao aquecimento do mercado interno com o bom desempenho, principalmente, da indústria e da construção civil e do aumento dos investimentos e do consumo das famílias. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o país cresceu 3,4%.

Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o aumento dos investimentos do governo contribuiu para movimentar a economia nacional. A expressiva expansão da construção civil (7%) entre janeiro e março deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, é um dos setores que sofreu influência da injeção de recursos federais. Conforme a economista do IBGE, Claudia Dionísio, este é o caso de obras de infra-estrutura realizadas pelo governo, como as de recuperação de estradas iniciadas em janeiro. O programa federal está aplicando R$ 440 milhões este semestre nas rodovias nacionais.

O desempenho da construção civil também foi favorecido pelo incremento do volume de crédito habitacional disponível. Este ano, estão sendo destinados R$ 8,7 bilhões para o financiamento da casa própria, com recursos provenientes da caderneta de poupança realizados pela Caixa Econômica Federal e bancos privados. O total de recursos para habitação em 2006 é de R$ 19,3 bilhões.

Os investimentos também tiveram peso significativo na expansão da economia brasileira. Houve crescimento de 9% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2005. De acordo com Claudia, a queda da taxa de juros efetiva Selic e o aumento do crédito para pessoa jurídica foram os fatores que mais influenciaram o bom resultado dos investimentos. A taxa Selic - que serve de base para as taxas de juros praticadas no mercado - teve média de 18,7% ao ano nos três primeiros meses de 2005 e de 16,9% ao ano no mesmo período deste ano.

Já o consumo das famílias subiu 4% em 2006 e representa o 10º aumento seguido considerando os resultados trimestrais. Esse percentual é decorrente do aumento de 4,9% da massa salarial no período e o incremento das operações de crédito para pessoa física.

Na atividade industrial com taxa positiva de 5% este ano, o destaque foi a extrativa mineral com crescimento de 12,6% em decorrência do aumento da extração de petróleo e gás (12,7%) e de minério de ferro (16,8%).

O aquecimento do mercado interno pode ser visto pelo incremento de 15,9% nas importações de bens e serviços, o maior desde o terceiro trimestre de 2004. O crescimento das compras feitas pelo País superam o das exportações que cresceram 9,3% no período. Os principais produtos da pauta de importação foram: materiais elétricos, equipamentos eletrônicos e produtos metalúrgicos e siderúrgicos.

Veja os principais números do PIB em 2006

Crescimento de 1,4% no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses de 2005 e de 3,4% em comparação com o mesmo período do ano passado; Expansão de 7% na construção civil em 2006 impulsionada pelas obras de infra-estrutura e pelo aumento do crédito habitacional; Crescimento de 9% dos investimentos em decorrência da queda da taxa de juros Selic e do aumento do crédito para pessoa jurídica; Variação positiva de 4% no consumo das famílias com o aumento da massa salarial e o incremento nas operações de crédito para pessoa física; Crescimento de 5% na atividade industrial; Expansão de 15,9% da importação de bens e serviços.





Fonte: Olhar Direto

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