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Internacional
Sexta - 02 de Junho de 2006 às 18:50

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FORT MEADE, EUA - Um tribunal militar americano sentenciou nesta sexta-feira o sargento Santos Cardona, de 32 anos, a 90 dias de trabalhos forçados e determinou sua redução de patente por ter permitido que seu pastor alemão latisse a centímetros do rosto de um detento iraquiano no presídio de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá.

Cardona é o 11º soldado condenado por abusos em Abu Ghraib, ocorridos no final de 2003 e início de 2004. Ele foi condenado pelo não cumprimento do dever e por ameaçar ilegalmente um detido com seu cão.

A patente de Cardona foi reduzida para especialista e a corte ordenou que sejam confiscados de seu salário US$ 600 mensais por 12 meses.

No entanto, o júri militar, reunido em Maryland e formado por quatro oficiais e três soldados em atividade, absolveu Cardona das acusações mais graves que foram feitas contra ele, entre elas a de conspirar com um guarda da prisão para aterrorizar os prisioneiros e estimular os cães a defecar e urinar em cima dos presos.

Não ficou claro onde Cardona, baseado no Fort Bragg, Carolina do Norte, irá cumprir a sentença, nem que tipo de trabalho forçado ele terá de executar.

"Não chegou a ser uma absolvição", considerou o advogado de Cardona, Harvey Volzer, "mas foi bom demais". O procurador major Matthew Miller havia pedido 12 meses de confinamento e baixa por má conduta.

Entre os oficiais de maior patente que testemunharam no Julgamento está Geoffrey Miller, que esteve no comando do centro de detenção na base naval americana de Guantánamo, em Cuba, onde o Pentágono mantém centenas de homens detidos há anos sem julgamento.

Outros julgamentos Dez julgamentos marciais realizados até agora concluíram que os abusos foram cometidos por soldados sem controle que operavam sob uma supervisão insuficiente e que violaram as regras militares e não cumpriram ordens de seus superiores.

Em março, um tribunal militar rejeitou as declarações do sargento Michael Smith, que também usou cães para aterrorizar detidos, segundo as quais eles agiram em cumprimento de ordens de seus superiores. O tribunal declarou Smith culpado de abusos e o sentenciou a 179 dias de reclusão em uma prisão militar.





Fonte: AP/EFE

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