Governo chileno aceita parte das reivindicações dos estudantes
Entre as medidas estão o passe livre para todo jovem que precise de transporte público gratuito, "24 horas por dia, sete dias por semana e durante todo o ano letivo".
Bachelet também anunciou bolsas de estudos para 155 mil estudantes e um projeto para modificar a Lei Orgânica Constitucional de Ensino. Além disso, prometeu criar um Conselho Presidencial para a Educação.
Bachelet destacou que "hoje é momento da reforma da qualidade e de decidir o futuro do país. Queremos um Chile mais justo para seu povo e seus estudantes".
A presidente enfatizou a importância de igualdade de oportunidades para os jovens. Para ela, o governo deve atuar de forma responsável em todos os setores. Por isso, explicou que algumas reivindicações eram "muito caras", como o transporte gratuito.
"O custo estaria na faixa de 166 bilhões de pesos (US$ 313.207) ao ano, o que é equivalente a 33 mil novas casas populares, ou a atender 230 mil crianças a mais em creches", comparou Bachelet. "O Executivo não faz promessas que não possa cumprir", acrescentou.
Ultimato
As medidas foram anunciadas por Bachelet um dia antes de vencer o ultimato da Assembléia Coordenadora de Estudantes Secundários, que ameaçava convocar uma greve "social" no país na próxima segunda-feira se as suas reivindicações não fossem atendidas.
César Valenzuela, um dos dirigentes de entidade, afirmou após a mensagem do governante que amanhã haverá uma assembléia para analisar as propostas do governo e tomar uma decisão.
Os estudantes chilenos promoveram hoje novas manifestações que terminaram em incidentes. Segundo a Polícia, que repeliu os protestos com gases lacrimogêneos e jatos de água no centro da capital, houve pelo menos 80 detidos e vários feridos.
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