Conferência fomenta prática da produção em associativismo
Ao longo de todo o dia serão debatidas experiências de Mato Grosso para fomentar a inclusão social e geração de renda de subsistência no Estado por meio de empreendimentos solidários. Entende-se por economia solidária a produção coletiva e compartilhamento de produtos, em regime de associações, cooperativas ou grupos de trabalho.
Os debates e recomendações da conferência terão a participação do setor público, instituições de ensino, associações, cooperativas, clubes de troca, redes de pequena produção, grupos de costureiras, bordadeiras, doceiras, artesãos e pessoas ou grupos que, em vez de vender, permutam entre si o que produzem.
O evento vai eleger 32 delegados tripartites (governo, sociedade organizada e empreendimentos solidários) para levar as demandas e políticas do setor para a Conferência Nacional de Economia Solidária, que ocorre de 26 a 29 de junho, em Brasília.
Alternativa de produção
Durante a abertura, o secretário-chefe da Casa Civil do Governo Estadual, Antônio Kato, lembrou que o movimento de produção em pequena escala, nascido das práticas do cooperativismo e do associativismo, tem sido instrumento de organização produtiva de comunidades em Mato Grosso, com princípios de solidariedade, para se contrapor “ao capitalismo selvagem”.
“O nascimento do cooperativismo foi o momento das pessoas se unirem para se contrapor ao capitalismo selvagem. Uma ação de solidariedade, trabalho conjunto, união de esforços”, disse.
Ele transmitiu mensagem da secretária do Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, Terezinha Maggi, de atenção e apoio ao movimento de economia solidária como alternativa forte de desenvolvimento para o Estado. “Que todos nós possamos conseguir neste dia novos horizontes para a organização e produção solidária. Vocês são a razão do governo, o povo precisa ter sonho a ser perseguido e esta conferência é a alternativa”, conclamou a participação de todos.
Kato lembrou ainda que há dois anos o governador Blairo Maggi, sensibilizado com o pequeno produtor sugeriu trabalho da Secretaria da Casa Militar, liderada pelo secretário, coronel Orestes Oliveira, o desenvolvimento de trabalho junto a movimentos comunitários para promover cursos de organização institucional, elaboração de projetos, inclusão digital para “levar instrumento a líderes para que eles sejam sujeitos do seu destino com parcerias em associações”.
O secretário apontou a economia solidária como uma alternativa de desenvolvimento sócio-econômico diante dos efeitos das dificuldades do agronegócio para algumas cidades de Mato Grosso.
Formulação de política solidária
A delegada do Ministério do Trabalho e Emprego em Mato Grosso, Marilete Mulinari Girardi, também da comissão organizadora, destacou o momento da conferência como um espaço para a formulação e intercâmbio de produção coletiva de pequenas comunidades. Ela agradeceu o apoio do Governo do Estado para realizar o evento e ainda o esforço dos vários participantes de diferentes regiões de Mato Grosso, que vieram trazer os exemplos de empreendimentos de economia solidária.
O reitor da UFMT, professor Paulo Speller, afirmou que a universidade tem seguido no mesmo caminho de capacitação e disseminação de conhecimento para que o movimento de produção da economia solidária possibilite o fortalecimento de ações do poder público, da sociedade civil organizada para que a população tenha bem-estar e o sentido de uma vida fraterna.
A I Conferência Estadual de Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), Unemat, Fórum Estadual de Economia Solidária e o Ministério do Trabalho e Emprego, Banco do Brasil, UFMT, Fórum Estadual de Economia Solidária e Ministério do Trabalho e Emprego, via Delegacia Regional do Trabalho (DRT-MT).
Participaram da abertura da conferência o secretário Yênes Magalhães (Planejamento); Neide Mendonça, da coordenação do evento, e secretária adjunta de Projetos Estratégicos da Setecs; e o presidente da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Aréssio Paquer.
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