Frango brasileiro vai ser tema de campanha publicitária internacional
A campanha será lançada em setembro nos quatro países simultaneamente e vai durar quatro meses. Serão três ações paralelas. Primeiro, será feita a divulgação do produto, com degustação, em eventos para os representantes do mercado local e jornalistas. Em um segundo momento, a Y&R vai colocar a marca Brazilian Chicken em editoriais de revistas especializadas e em programas de culinária. Por fim, serão lançados os comerciais de TV, outdoors e uma ostensiva campanha nos pontos-de-venda. Se a ação der um retorno positivo, a Abef deve expandir a publicidade para outros países.
Para elaborar a campanha para os países árabes, Cardoni e sua equipe estudaram diversas peças publicitárias de lá. Além disso, contaram com a consultoria e revisão do escritório da Y&R de Dubai (Emirados Árabes). "Tivemos a preocupação de mandar tudo para eles verem antes. Assim como a indústria tem o cuidado de fazer o abate halal para exportar o produto, nós tivemos o cuidado de não fazer nada que ofendesse nem ferisse princípios culturais e religiosos", diz o publicitário.
A Y&R criou no ano passado um departamento para cuidar de campanhas internacionais. Além da ação da Abef, eles fazem peças para a Perdigão internacional (com campanha na Rússia atualmente), para a TAM e para o Bradesco.
Exportações
O Brasil é o maior exportador de frango do mundo. Em 2005, foram 2,845 milhões de toneladas enviadas para fora, 15% a mais que em 2004. No total, a receita foi de US$ 3,5 bilhões, 35% a mais que o no ano anterior. O Oriente Médio é o principal mercado de frango em vendas por volumes. Em 2005, foram exportadas 848.570 toneladas da carne, gerando uma receita de US$ 955,2 milhões. O principal mercado em receita é a Ásia, que comprou nada menos que US$ 1 bilhão em frango brasileiro em 2005. A Rússia, país que compra mais que a América do Sul toda, gerou uma receita cambial de R$ 267,2 milhões.
Apesar de estar longe do foco da gripe aviária, o Brasil vem sofrendo com a queda de consumo no mundo todo. Na semana passada, a Abef divulgou os números de abril. Foram 211.525 toneladas exportadas, uma queda de 9,5% em relação ao mesmo mês de 2005. Segundo a Abef, a queda é reflexo da desaceleração iniciada em fevereiro por causa dos focos da gripe na Ásia, Europa e África.
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