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Irã aceita negociar, mas sem interromper programa nuclear
"Nós não vamos abrir mão do nosso direito natural (de enriquecer urânio). Não vamos conversar sobre isto. Mas estamos prontos a manter conversações sobre preocupações mútuas", disse Mottaki, nesta quinta.
Em entrevista a um canal de TV iraniano, Mottaki disse que "os americanos se acostumaram a disfarçar o que precisam fazer como concessões. Isto é um produto do espírito de megalomania e, infelizmente, um costume americano".
Os Estados Unidos romperam ligações diplomáticas com o Irã há 26 anos. Mas na quarta-feira a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, anunciou que os Estados Unidos estariam dispostos a manter negociações diretas com o Irã sobre seu programa nuclear, sob a condição de que o governo iraniano suspendesse o enriquecimento de urânio.
Segundo o ministro Mottaki, "o Irã é a favor de conversações justas, sem discriminação", acrescentando que Washington tem que mudar seu comportamento, se quiser um novo relacionamento com o país.
Reunião
Desde que o governo americano cortou os laços diplomáticos com o Irã em 1979, os dois lados tiveram pouco contato oficial.
O Irã tem dito freqüentemente que gostaria de negociar seu programa nuclear com qualquer país com exceção de Israel. Mas até agora os Estados Unidos vinham recusando contatos diretos.
Para o analista Mark Fitzpatrick, a mudança de posição americana coloca o ônus sobre o Irã.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Fitzpatrick disse que "esta é uma situação em que só é possível ganhar para Bush", que agora "fez uma concessão significativa para concordar com o engajamento como os russos e muitos outros vinham pedindo".
A França, a Grã-Bretanha e a Alemanha, que até agora lideram as negociações, disseram antes da reação iraniana que esperavam que o país reconhecesse o significado da mudança na política americana.
O responsável pela política externa da União Européia, Javier Solana, disse que a proposta americana representa "o sinal mais forte e mais positivo para o nosso desejo comum de alcançar um acordo com o Irã".
A China, Israel e a Rússia também elogiaram a mudança.
Nesta quinta-feira, ministros das Relações Exteriores dos países membros do Conselho de Segurança, além da Alemanha, discutem em Viena o impasse com o Irã, a oferta americana e o pacote de incentivos oferecido ao país pela União Européia.
Britânicos, franceses e alemães, com apoio dos Estados Unidos, querem que o pacote tenha punições, como a recusa de vistos e o congelamento de bens de altos funcionários do governo iraniano, caso não seja aceito ou cumprido.
Em entrevista a um canal de TV iraniano, Mottaki disse que "os americanos se acostumaram a disfarçar o que precisam fazer como concessões. Isto é um produto do espírito de megalomania e, infelizmente, um costume americano".
Os Estados Unidos romperam ligações diplomáticas com o Irã há 26 anos. Mas na quarta-feira a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, anunciou que os Estados Unidos estariam dispostos a manter negociações diretas com o Irã sobre seu programa nuclear, sob a condição de que o governo iraniano suspendesse o enriquecimento de urânio.
Segundo o ministro Mottaki, "o Irã é a favor de conversações justas, sem discriminação", acrescentando que Washington tem que mudar seu comportamento, se quiser um novo relacionamento com o país.
Reunião
Desde que o governo americano cortou os laços diplomáticos com o Irã em 1979, os dois lados tiveram pouco contato oficial.
O Irã tem dito freqüentemente que gostaria de negociar seu programa nuclear com qualquer país com exceção de Israel. Mas até agora os Estados Unidos vinham recusando contatos diretos.
Para o analista Mark Fitzpatrick, a mudança de posição americana coloca o ônus sobre o Irã.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Fitzpatrick disse que "esta é uma situação em que só é possível ganhar para Bush", que agora "fez uma concessão significativa para concordar com o engajamento como os russos e muitos outros vinham pedindo".
A França, a Grã-Bretanha e a Alemanha, que até agora lideram as negociações, disseram antes da reação iraniana que esperavam que o país reconhecesse o significado da mudança na política americana.
O responsável pela política externa da União Européia, Javier Solana, disse que a proposta americana representa "o sinal mais forte e mais positivo para o nosso desejo comum de alcançar um acordo com o Irã".
A China, Israel e a Rússia também elogiaram a mudança.
Nesta quinta-feira, ministros das Relações Exteriores dos países membros do Conselho de Segurança, além da Alemanha, discutem em Viena o impasse com o Irã, a oferta americana e o pacote de incentivos oferecido ao país pela União Européia.
Britânicos, franceses e alemães, com apoio dos Estados Unidos, querem que o pacote tenha punições, como a recusa de vistos e o congelamento de bens de altos funcionários do governo iraniano, caso não seja aceito ou cumprido.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/297486/visualizar/
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