Soldado do Gefron traficava cocaína

O soldado PM Efe Júnior, de 26 anos, foi preso com cocaína dentro do ônibus do Grupo de Ação na Fronteira (Gefron) onde está lotado. Com ele, policiais militares apreenderam um tablete com 660 gramas de cocaína escondido na sua mochila, no meio de várias roupas. A prisão ocorreu anteontem à tarde dentro de um ônibus do Grefron que saiu de Cáceres para Cuiabá. A droga seria entregue na Capital e abasteceria algumas bocas-de-fumo também de Várzea Grande.

Segundo o ex-comandante do Gefron, tenente-coronel Zaqueu Barbosa, o soldado estava sendo investigado há cerca de dois meses após o comando receber uma denúncia. Desde então, Efe Júnior estava sendo observado por outras polícias que agem na fronteira, inclusive a Polícia Federal (PF), numa ação conjunta de combate ao tráfico. Na terça-feira, a desconfiança dos policiais aumentou e eles e resolveram revistá-lo, momento em que encontraram e apreenderam a droga.

“Diante da informação (de que um PM estaria a serviço de traficantes), fizemos um trabalho policial integrado e o flagramos com a droga. Seria muito cômodo afastá-lo, mas nossa intenção foi resolver o problema de vez”, assegurou Barbosa, que entregou ontem o comando Gefron e assumiu a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Do ônibus, o soldado foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal em Cáceres, onde acabou autuado em flagrante por tráfico de drogas. No início da madrugada, foi transferido para o Presídio Eldo Correia de Sá, em Santo Antônio de Leverger, onde funciona um presídio militar.

Embora investigado há cerca de dois meses, os policiais não souberam informar quantos quilos de drogas o soldado conseguiu trazer para Cuiabá nesse período. Os militares admitem não ser a primeira vez que ele estaria com carregamento de cocaína.

O soldado preso estava lotado havia seis meses no trabalho de policiamento da fronteira e, desde março, estaria envolvido com traficantes. Antes, atuava no Comando Regional de Pontes e Lacerda onde mora. Ele está na Polícia Militar desde 2.003, tendo ingressado no penúltimo concurso.

No entendimento de Barbosa, existem dois tipos de policiais: o sério, que respeita a instituição e o outro, que é bandido e se traveste de policial aproveitando da situação. “O caminho desse último está traçado: é a cadeia”, observou.

Além da ação criminal, o soldado responderá a um Inquérito Policial Militar (IPM) na Corregedoria Geral da Polícia Militar. Ontem de madrugada, o corregedor de plantão foi informado da prisão de Efe Júnior.