"Curupira" faz 1 ano sem presos
A operação, com um número recorde de 129 mandados de prisão, foi desencadeada pela Polícia Federal em cinco estados. Todos acusados de integrar uma quadrilha especializada em crimes ambientais, fraudes e falsificação de documentos, além de extração, transporte e comercialização ilegal de madeira. A operação ganhou destaque nacional e realizou prisões em 17 municípios de Mato Grosso. Incluindo chefes dos dois órgãos de defesa do Meio Ambiente do Estado. O gerente regional do Ibama, Hugo José Scheur Werle, preso em Sinop, acusado de receber propina e autorizar desmate apesar de parecer técnico contrário, e o presidente da então Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), Moacir Pires, acusado de emitir autorizações ilegais para desmate em áreas de preservação ou indígenas.
A gravidade da situação fez o governo federal intervir no Ibama/MT, por 60 dias. Foram suspensas por cerca de 120 dias as análises de projetos de manejo rural e expedição de Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF), que garantia o transporte e a origem da carga de madeira. A operação atingiu os estados do Pará, Paraná, Rondônia e Amazonas.
A quadrilha formada por despachantes, madeireiros e fiscais deixou um saldo de 46 mil hectares de área desmatada, 1,9 milhão de metros cúbicos de madeira extraídos ilegalmente, o equivalente a 52 campos de futebol ou 66 mil caminhões enfileirados. Estima-se que rendeu R$ 890 milhões de lucro. Para o replantio dessa área serão gastos pelo menos R$ 108 mi.
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