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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quinta - 01 de Junho de 2006 às 07:05
Por: Silvana Ribas

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A Operação Curupira completa um ano amanhã e nenhum dos 225 denunciados permanece preso. Os três últimos que cumpriam pena, Edmilson Mendes, Eronilson Biava e Marcos Pontes Xavier, apontados como líderes da quadrilha, obtiveram progressão de regime e desde 15 de maio estão cumprindo a pena em liberdade, por decisão do juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva. Os 39 funcionários do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) denunciados na época reassumiram as funções enquanto respondem a processos administrativos em andamento.

A operação, com um número recorde de 129 mandados de prisão, foi desencadeada pela Polícia Federal em cinco estados. Todos acusados de integrar uma quadrilha especializada em crimes ambientais, fraudes e falsificação de documentos, além de extração, transporte e comercialização ilegal de madeira. A operação ganhou destaque nacional e realizou prisões em 17 municípios de Mato Grosso. Incluindo chefes dos dois órgãos de defesa do Meio Ambiente do Estado. O gerente regional do Ibama, Hugo José Scheur Werle, preso em Sinop, acusado de receber propina e autorizar desmate apesar de parecer técnico contrário, e o presidente da então Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema), Moacir Pires, acusado de emitir autorizações ilegais para desmate em áreas de preservação ou indígenas.

A gravidade da situação fez o governo federal intervir no Ibama/MT, por 60 dias. Foram suspensas por cerca de 120 dias as análises de projetos de manejo rural e expedição de Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF), que garantia o transporte e a origem da carga de madeira. A operação atingiu os estados do Pará, Paraná, Rondônia e Amazonas.

A quadrilha formada por despachantes, madeireiros e fiscais deixou um saldo de 46 mil hectares de área desmatada, 1,9 milhão de metros cúbicos de madeira extraídos ilegalmente, o equivalente a 52 campos de futebol ou 66 mil caminhões enfileirados. Estima-se que rendeu R$ 890 milhões de lucro. Para o replantio dessa área serão gastos pelo menos R$ 108 mi.





Fonte: A Gazeta

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